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O mundo é maravilhoso

A convite da Vacheron Constantin, Steve McCurry viajou pelo mundo para fotografar as maravilhas esquecidas da humanidade.
25 Setembro 2016, 10h40

Desde os primórdios, já lá vão 260 anos, que a marca de relógios Vacheron Constantin está in timamente ligada às viagens. Os seus fundadores começaram ce do a percorrer o mundo, procurando abrir novos mercados, e foi esse espírito que a marca pretendeu homenagear numa parceria com o fotógrafo Steve Mc Cur ry, ele próprio um ‘globetrotter’ que já percorreu meio mundo em missões que lhe valeram, por quatro vezes, o galardão da World Press Photo. É o mais premiado dos fotojornalistas.

Aqui, Steve McCurry partiu em busca das “mais belas realizações humanas”, como nos explicou durante a apresentação do projeto, no início do ano, em Genebra. O objetivo era encontrar lugares onde a presença humana fosse não só marcante como um contributo positivo pa ra a beleza deste planeta onde to dos vivemos. Lugares muitas vezes esquecidos ou de difícil acesso. “As pessoas sempre estiveram no centro do meu trabalho,” continuou o fotógrafo cuja fotografia da rapariga afegã é uma das mais famosas do mundo, “mas este, em específico, per mite-me mostrar a espectacularidade das nossas conquistas e a forma como marcamos a paisagem de locais extraordinários.”

Antes do verão, já tinham sido divulgados os primeiros lugares escolhidos mas, a partir de agora, o trabalho pode ser admirado em toda a plenitude, com a revelação das seis localizações finais.

“Foi um trabalho que me entusiasmou muito e espero que esse entusiasmo seja contagiante. Espero ter conseguido fotografar estes locais magníficos de uma forma que transmita a sua essência”.

Já tínhamos admirado o antigo poço em degraus de Chand Baori, na Índia; ou o Buda Gigante de Leshan, China, um colosso de 71 metros talhado na rocha en tre os anos 713 e 803 d.C., criado para proteger os marinheiros que desafiavam as águas turbulentas do Rio Min. Ou os banhos termais de Tsurunoyu, Japão, ou o Aqueduto de Padre Tembleque, no México. E agora somos surpreendidos com uma rara visão do Observatório de Paris, situado bem no coração da cidade, mas fechado ao público, apesar de ser o mais antigo observatório astronómico do mundo ainda em funcionamento. Ou a Praça Vermelha vista de uma perspetiva completamente diferente, “já que foi fotografada a partir do te lhado do GUM, um acesso concedido a título excepcional”.

Antes, também já nos tinha revelado uma Grand Central Station, em Nova Iorque, completamente diferente, depois de lá ter passado uma noite inteira, “altura em que a estação, por onde dia riamente passam milhões de pes soas, permanece encerrada”.

Crawick Multiverse, na Escócia, é uma instalação bem recente, obra do arquiteto e paisagista Charles Jenks, mas ninguém o di ria olhando para ela: “Revelou-se uma agradável surpresa pela sua mística antiga, mesmo tratando-se de uma instalação recente. Estas formações feitas pelo homem tipificam a dimensão da história da Escócia, da qual constam formações semelhantes cuja finalidade continua desconhecida. Há um sentimento cósmico que é evocado por estas estruturas”.

A Oriente, o seu olhar transporta-nos para Samarcanda, no Uz bequistão. Localizada na Rota da Seda, a cidade foi sendo sucessivamente grega, persa, turca, mongol e iraniana, durante o apogeu de cada uma destas civilizações. É um local de encontros e, para Steve McCurry, “a sua arquitetura intemporal ainda se mantem tão marcante e emblemática como quando foi construída há 500 anos. É uma ma ravilha contemplar os seus ornamentos e deslumbrantes cores”.

McCurry também não se esqueceu de África, elegendo primeiro Lalibela, na Etiópia, construída como “uma nova Jerusalém” no Séc. XIII. Os seus 11 edi fí cios simbolizam a Jerusalém ter restre e celeste. E, finalmente, Chefchaouen, em Marrocos, tam bém conhecida como Vila Azul, porque há já 100 anos que os habitantes a pintam dessa cor, criando uma paisagem incrível mas contribuindo, também, pa ra desenharem a sua identidade.

Paralelamente, a marca de re lógios suíça relançou, este ano, a coleção Overseas, destinada ao viajante dos tempos modernos. A colecção inclui o modelo Horas do Mundo, que apresenta 37 fusos horários diferentes (de meia-hora apenas). É mesmo o único relógio mecânico do mundo a apresentar todos os fusos horários mundiais.

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