Primeiro, no Douro fazia-se vinho no Porto. Depois “descobriu-se” que a região podia produzir ótimos tintos, também, desde que a produção não fosse tratada como um mero complemento. E há coisa de uns meros 20 anos, mais ou menos, chegou a vez dos brancos entrarem no panorama vínico nacional. E com o passar do tempo no Internacional também.
A Quinta do Crasto estava entre esses pioneiros e o sucesso dos seus brancos levaram já a propriedade a plantar mais 9 ha de vinha, com as castas Viosinho e Gouveio. Para mais, 2015 está a revelar-se um belo ano para os brancos no Douro, e para os da Quinta do Crasto em particular, que têm sido profusamente elogiados pela imprensa especializada.
No site de Jancis Robinson, a influente crítica do Financial Times e conselheira oficial da Rainha de Inglaterra para vinhos, podia ler-se que este Crasto Branco 2015 “tem toda a frescura que a sede de um dia de sol pede, acompanhado por um leve aroma a flor de laranjeira e uma acidez crocante”.
Do outro lado do atlântico, o mesmo vinho era pontuado em 90 pontos na escala de outro prestigiado crítico, Robert Parker, que além do Crasto Branco pontuou também o Crasto Superior Branco 2015 em 92 pontos, considerando-o mesmo como a melhor colheita desta referência até ao momento.
O Superior no nome deve-se ao facto das vinhas estarem plantadas noutra quinta da empresa, a Quinta da Cabreira, situada no Douro superior, ao passo que a Quinta do Crasto fica no Cima Corgo
Começámos por lhe dizer que devia aproveitar o verão para apreciar estes Crasto mas a frase contem uma certa dose de injustiça. Afinal, o Crasto Branco pode revelar-se muito bem no dia quente, como dizia Francis Robinson, e com os pratos típicos desta altura, mas surpreende também com pratos mais especiados e pesados. Até porque, como se pode ainda ler na mesma crítica “Por muito delicioso que possa ser, não tenham presa em bebe-lo. Acredito que uns anos em garrafa vão revelar mais sabores”. O mais avisado será comprar algumas garrafas. Custa 9,90 euros.
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