A Sonae Fashion decidiu concentrar a gestão das suas marcas de moda infantil na Zippy – empresa onde o lugar de CEO é ocupado por Joana Ribeiro da Silva – que passa a responder pela Losan, cadeia de moda infantil e juvenil que até agora mantinha uma gestão independente da responsabilidade de Vittorio Verdun, que deixou a empresa.
A Losan tem mais de quatro mil pontos de venda multimarca em 40 países e uma cadeia de lojas que tem vindo a perder importância. Segundo os jornais espanhóis, a empresa espanhola vai continuar a ter uma pequena estrutura de backoffice e uma equipa comercial, mas a gestão passa para Portugal. Já em 2019, a Sonae Fashion decidira transferir a logística associada à marca da região de Caspe (Saragoça) para a Azambuja, tendo na altura apresentado um dossier de Regulação do Trabalho (ERE, uma espécie de lay off) de 62 colaboradores. Na altura, o grupo português explicou que esta alteração representava “uma redução significativa dos custos, bem como um aumento importante nas vendas graças à possibilidade de prestação de serviço de picking”.
Ainda em 2019, a Sonae decidiu concentrar todas as suas empresas em Espanha em dois centros de trabalho em Madrid e em Barcelona, “com o objetivo de dar visibilidade à sua expansão internacional e atrair potenciais clientes”.
A Losan foi fundada em 1985 em Madrid e em 1990 lançou a sua primeira coleção masculina; oito anos depois, chegou à moda infantil e em 2000 acrescentou a moda feminina ao seu portefólio. Atualmente, os negócios infantil e juvenil respondem pela maior parte volume de negócios.
Em 2015, a Sonae assumiu o controlo da empresa, com o objetivo de ganhar peso no sector da moda infantil e reforçar a internacionalização da sua divisão de moda, então composta pela Mo, Deeply, ambas com presença apenas em Portugal, Sport Zone e Zippy.
A Losan fechou o exercício de 2019 (o último disponível) com um volume de negócios de 59,3 milhões de euros. O resultado operacional manteve-se negativo, passando de 1,3 milhões de euros em 2018 para 5,5 milhões em 2019. Os prejuízos ascenderam aos 4,6 milhões de euros em 2019, mais 64% que os 2,8 milhões negativos do ano anterior.
Recentemente, a Sonae Fashion havia anunciado a contratação como CEO da Salsa de Mia Ouakim, que tem um percurso internacional ligado a marcas do sector têxtil como a Tommy Hilfiger, a Burberry e a Mulverry. A gestora ocupa assim a vaga deixada em novembro por José António Ramos, que abandonou a empresa para passar a ser responsável de operações da britânica Asos.
A Sonae Fashion, que inclui Deeply (sportswear), MO, Zippy, Losan e Salsa, fechou o terceiro trimestre com uma queda de 3% nas vendas, mas com um EBITDA positivo de doze milhões de euros. O grupo também controla 30% do Iberian Sports Retail Group, a joint venture entre a JD Sports (que controla a Srpinter e a Size) e a Sport Zone.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com