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BE diz que Governo está em incumprimento porque ainda não apresentou plano de desconfinamento

O Bloco de Esquerda acredita que é preciso começar a preparar o desconfinamento e a reabertura das escolas o quanto antes. O BE pede mais “pessoal docente e não docente”, desdobramentos das turmas e “generalização dos rastreios nas escolas”.
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António Cotrim/Lusa
24 Fevereiro 2021, 16h31

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, garantiu, esta quarta-feira, que o Governo está em incumprimento por ainda não ter apresentado um plano de desconfinamento.

“Tendo em conta a noção do número de infetados e a evolução favorável, a descida do número de pessoas infetadas parece consistente, o que sabemos hoje é que o povo português cumpriu a sua obrigação de controlar a pandemia, infelizmente o Governo não cumpriu”, afirmou Catarina Martins depois de se reunir com o Presidente da República para falar sobre a renovação do estado de emergência.

Catarina Martins explicou aos jornalistas que “todos sabemos que não está nas mãos do Governo dizer em que dia é que pode desconfinar as atividades, mas sabemos que o aumento da testagem não foi ainda posto do terreno”. ” Sabemos que as escolas ainda não têm mais condições e este era o momento em que precisávamos de estar a por no terreno todos os meios para que se pudesse começar a reabertura”, completou.

“O Bloco de Esquerda repete aquilo que vem dizendo: é muito importante e assim que possível as escolas possam reabrir, nomeadamente começando pelas crianças mais jovens, cresces, pré escolar e primeiro ciclo”, sublinhou a líder do BE.

Para o BE, as escolas precisam de “mais pessoal docente e não docente”, bem como de condições para “desdobrar turmas para manter distância de segurança”. Os bloquistas pediram ao Governo que fossem também criadas “condições de generalização dos rastreios nas escolas”.

Durante a sua intervenção, Catarina Martins expressou ainda a preocupação do partido para com o processo de vacinação, que consideram ser preciso acelerar, e reconheceu que o número de infetados “tem vindo a cair de forma consistente”. No entanto, aponta que atualmente há “menos testagem do que existia e o número de internamentos e de pessoas nas unidades dos cuidados intensivos é ainda muito elevado”.

A líder bloquista não revelou a intenção de voto quanto à renovação do estado de emergência, mas as últimas votações têm contado com a abstenção do BE.

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