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BE pede a Governo plano de repatriamento “verdadeiramente humanitário”

Numa pergunta destinada ao Governo, o BE aponta que a solução encontrada para as pessoas que tenham ficado retidas em Portugal ou no Brasil, devido à Covid-19, acarreta “contrapartidas financeiras avultadas para os requerentes”.
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António Cotrim/Lusa
25 Fevereiro 2021, 10h57

O Bloco de Esquerda (BE) apelou esta quinta-feira ao Governo português e brasileiro a criação de um plano de repatriamento “verdadeiramente humanitário”, sendo que a solução encontrada tem contrapartidas financeiras avultadas para os requerentes.

O partido teve conhecimento de passageiros a comprar voos de repatriamento a preços “hiperinflacionados”. Por isso, no site do BE, o os bloquistas escrevem que “os passageiros com bilhetes nas companhias brasileiras Azul e Latam teriam de pagar 837,90 euros”.

Numa pergunta dirigida ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o BE sublinha que “a solução encontrada acarreta contrapartidas financeiras avultadas para os requerentes de repatriamento que já se encontram numa condição periclitante”. Os bloquistas questionam o ministro sobre o que levou “à decisão dos governos português e brasileiro de organizar um voo de cariz privado e não de cariz humanitário”

O BE considera a “cobrança da passagem aérea por parte da TAP Air Portugal a um custo deliberadamente hiperinflacionado” no âmbito de um voo humanitário de repatriamento “completamente indevida e imoral”. Por isso, o partido liderado por Catarina Martins classificou como “imprescindível” que “os governos português e brasileiro definam um plano de repatriamento de cariz verdadeiramente humanitário e que não provoque ainda mais transtornos a quem simplesmente deseja regressar ao seu país de origem”.

O voo de repatriamento organizado está agendado para o dia 27 de fevereiro (próximo sábado). O objetivo será transportar portugueses retidos no Brasil e brasileiros retidos em Portugal devido às restrições impostas pela covid-19. Segundo a TSF, os voos já estão esgotados e Santos Silva já disse que se o Governo verificar “a necessidade de mais voos, fá-lo-á”.

 

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