O PS refuta a ideia de que a demissão da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi motivada pela falta de apoio político: “Não é uma questão de falta de apoio político. Tratou-se de um processo complexo durante o qual dois partidos [PSD e CDS-PP] se empenharam em causar dificuldades.” Quem o diz é João Galamba, porta-voz e deputado do PS.
Galamba lembrou, à semelhança do que o próprio primeiro-ministro já adiantou, que a nova administração do banco público será nomeada esta semana, mas que o mais importante é, sublinhou o porta-voz do partido, “garantir que o acordo entre o governo e a Comissão Europeia para a recapitalização da CGD se mantém”.
Questionado pelos jornalistas sobre uma potencial posição de fragilidade do governo causada pela demissão de António Domingues e da restante administração, Galamba admitiu que o PS gostaria “que alguns aspetos tivessem corrido melhor”.
O deputado socialista referiu ainda esperar “que o PSD não embarque numa nova tentativa” de dificultar o processo de recapitalização da CGD e assegurou que o atual governo “resolveu problemas herdados pelo governo anterior”.
Recorde-se que a demissão de António Domingues terá sido motivada, segundo avançou o Diário de Notícias, pela falta de apoio político sentida pela administração, decorrente do apoio do Bloco de Esquerda (BE) ao projeto do PSD que tornou obrigatória a entrega da declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional e da “incapacidade do PS para demover o seu parceiro de coligação”. De acordo com o jornal, a equipa que administrava a CGD já tinha decidido entregar as declarações de rendimentos e tanto o governo como o BE teriam conhecimento dessa decisão.
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