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Primeiro-ministro: “É natural que o desconfinamento comece pelas escolas”

António Costa recordou esta sexta-feira Governo “resistiu” até à última hipótese ao encerramento das escolas por causa do entrave que implica no desenvolvimento e no processo de aprendizagem dos alunos.
António Cotrim / Lusa
26 Fevereiro 2021, 19h12

O primeiro ministro disse esta sexta-feira que a abertura das escolas será a primeira medida a adotar no plano de desconfinamento que vai ser apresentado pelo Governo no próximo dia 11 de março.

“É um dos maiores fatores de desigualdade no conjunto destas medidas [para conter a pandemia] e, por isso, foi mesmo a última que tomámos. Portanto, é natural que seja também a primeira medida que venhamos a tomar, iniciar o desconfinamento pelas escolas”, referiu António Costa, em conferência de imprensa.

Depois da reunião do Conselho de Ministros, António Costa recordou aos jornalistas que o Governo “resistiu” até à última hipótese ao encerramento das escolas por causa do entrave que implica no desenvolvimento e no processo de aprendizagem dos alunos.

As creches, o ensino pré-escolar e o 1.º ciclo deverão abrir portas ainda em março, segundo avançou a “SIC”. O canal da Impresa apurou que a abertura das escolas será acompanhada de rastreios a docentes e não docentes. O primeiro será feito um ou dois dias antes da reabertura das escolas e os seguintes vão depender da incidência dos casos de infeção nos concelhos.

Porém, ainda não é tempo de usar o verbo desconfinar. O Governo decidiu para já não mexer nas medidas do estado de emergência, apesar da descida de casos diários de Covid-19. Um dos argumentos apresentados foi a variante britânica, que é mais contagiosa e representa atualmente 49% das infeções pelo vírus SARS-CoV-2 no país.

O primeiro-ministro explicou “este não é o momento de desconfinamento”, porque, apesar de a situação epidemiológica em Portugal estar melhor do que há um mês, encontra-se “quatro vezes pior” do que no passado mês de maio, quando se iniciou o desconfinamento em Portugal. “Temos ainda um número muito elevado de doentes internados”, afirmou António Costa.

“Temos tido melhorias, mas todas são relativas. Estamos melhor relativamente à pior situação que alguma vez vivemos nesta pandemia. Mas se compararmos, por exemplo, o número de casos que hoje temos com o número de novos casos que tínhamos a 15 de setembro, quando declarámos o estado de contingência, ou se compararmos com quando iniciámos o desconfinamento da primeira vaga, verificamos que hoje ainda temos um número que é mais de quatro vezes superior”, argumentou ainda.

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