Mais de 100 feridos, mais de 100 detidos, seis noites de distúrbios, incêndios e pancadaria avulsa: menos de duas semanas depois das eleições para o Parlamento da Catalunha, a autonomia continua a usar a desordem como um statement político, dando nota de que a crispação anterior ao ato de 14 de fevereiro não passou com a introdução dos votos nas respetivas urnas. Nem vai passar. Por um motivo aparentemente acessório – a prisão do rapper catalão Pau Rivadulla Duró, conhecido nos meios artísticos como Pablo Hasél, um dos 128 espanhóis condenados nos últimos 16 anos por incentivo ao terrorismo (122) ou por injúrias à coroa e às instituições do Estado (seis) – a autonomia está outra vez em guerra com o Estado central. Além da balbúrdia e do eventual aumento do número de audições das músicas de Hasél, alguns analistas disseram que “estava mesmo a ver-se” que a violência regressaria às ruas.
Como disse ao Jornal Económico (JE) uma fonte próxima do governo da Catalunha, o Superior Tribunal de Justiça da Catalunha encarregou-se de regar com combustível as ruas de Barcelona quando decidiu não autorizar o adiamento das eleições de 14 de fevereiro para 30 de maio – pedido pela maioria do Parlamento por causa da pandemia. Depois disso, qualquer detonação, por pequena que fosse, serviria para atear o fogo.
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