A rainha de Espanha recusou-se a acompanhar o rei Felipe VI numa viagem para a Arábia Saudita no próximo fim-de-semana.
O monarca, acompanhado pelo ministro dos negócios estrangeiros e pelo ministro do Fomento, visitará Salman bin Abdulaziz Al Saud, o Guardião das Sagradas Mesquitas do Islão, mas sem a companhia da rainha.
A recusa da mesma tem sido alvo de polémica nos jornais espanhóis, que tentam concluir o porquê de Letizia não querer aceitar este convite, depois de a viagem ter sido adiada duas vezes por motivos distintos.
A morte do príncipe Turki bin Abdulaziz Al Saud, irmão do rei Salman, foi o primeiro incidente que motivou o adiamento da visita dos monarcas, o outro reagendamento teve que ver com a situação de bloqueio político que Espanha vivia na altura prevista da segunda visita, em fevereiro de 2016.
O jornal El Español acredita que esta atitude da rainha tem que ver com convicções próprias da mesma, relacionadas com os costumes do país em questão.
O jornal sustenta essa opinião com uma publicação de novembro do ano passado onde se lê que “Letizia nunca visitaria um país que proíbe as mulheres de conduzir, em que as mulheres casadas não podem viajar sozinhas e têm de ser acompanhadas por alguém da família do marido. Um país onde 150 pessoas foram executadas nos últimos anos, por decapitação na sua maioria, por se oporem aos governantes. Um país que subsidia milhares de mesquitas em todo o mundo e um país onde as mulheres divorciadas não podem entrar em locais públicos por serem consideradas adúlteras”.
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