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AHRESP insiste na revogação da proibição de venda de bebidas no ‘take away’

Associação do setor da restauração reitera pedido de revogação da proibição da venda no ‘take away’ de qualquer tipo de bebidas, incluindo os chamados ‘cafés ao postigo’, alertando que o que se pretende impedir é o consumo junto aos estabelecimentos.
Rafael Marchante/Reuters
9 Março 2021, 12h20

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) volta a apelar ao Governo para o levantamento da proibição da venda de bebidas em take-away. Responsáveis do setor argumentam que o objetivo é prevenir o consumo de produtos à porta do estabelecimento ou nas suas imediações, o que já é proibido, e não a venda, que está a prejudicar as empresas. E sinaliza que a venda de bebidas não representa qualquer risco acrescido.

“A AHRESP reitera a necessidade de ser revogada a proibição da venda de bebidas em take-away”, defende a associação do setor, realçando que a medida “prejudica a já difícil situação” das empresas.

“Não se entende a proibição dos estabelecimentos de restauração e bebidas venderem qualquer tipo de bebida no âmbito do take-away, incluindo o café, o que é absolutamente incompreensível. A venda de bebidas não representa qualquer risco acrescido”, acrescenta a AHRESP no seu boletim diário.

As vendas ao postigo nas lojas do ramo não alimentar e de bebidas, incluindo café, nos estabelecimentos do ramo alimentar foram proibidas, mesmo nos que estão autorizados a vender em ‘take-away’, anunciou o primeiro-ministro, na segunda-feira.

Estas restrições foram conhecidas no final de um Conselho de Ministros extraordinário em que o Governo aprovou novas medidas relacionadas com o confinamento geral, poucos dias depois de este ter entrado em vigor a 15 de janeiro.

O primeiro-ministro referiu que três dias “é um período curto para avaliar as medidas adotadas”, mas sublinhou que os dados disponíveis apontam para a necessidade de “clarificar normas que tem sido objeto de abuso”, ou alargar “o quadro de restrições”, aprovadas na semana anterior.

Passou assim a ser proibida a venda ou entrega ao postigo em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar, como lojas de vestuário, bem como a venda ou entrega ao postigo de “qualquer tipo de bebidas, incluindo cafés”, sendo esta proibição extensível aos estabelecimentos autorizados a praticar take-away.

No âmbito do novo confinamento geral, o Governo decidiu também proibir a permanência e consumo de bens alimentares à porta ou nas imediações dos estabelecimentos do ramo alimentar e encerrar todos os espaços de restauração em centros comerciais mesmo no regime de take-away.

Apoios têm de chegar às empresas

A AHRESP lembra ainda que novos apoios têm de chegar às empresas para que seja possível a sua sobrevivência.

Recorde-se que o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital anunciou publicamente, há mais de uma semana, o reforço dos apoios às empresas durante o mês de março, indo ao encontro das propostas que a AHRESP tem vindo a sinalizar ao longo dos últimos meses.

Em causa está o reforço do programa Apoiar.pt, o prolongamento dos períodos de carência das Linhas de apoio à economia Covid-19 ou a compensação prometida às empresas pelo aumento de 30 euros no salário mínimo nacional para 665 euros. “Infelizmente nenhuma dessas medidas se encontra disponível, sendo urgente a sua disponibilização”, alerta a Associação.

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