A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) enviou 308 missivas para os presidentes das Câmaras Municipais de Portugal continental, e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, para que se envolvam na procura de soluções que garantam a sobrevivência das empresas ligadas aos setores da cultura e dos eventos.
Na carta é referido que as autarquias são “um dos principais motores” da cultura e dos eventos, alertando que o setor está “ligado à máquina em coma profundo”.
A associação alerta que os setores da cultura e dos eventos são de “importância estratégica” para Portugal, mas que nesta altura “estão ligados às máquinas em coma profundo”.
Na carta é referido que em 2018 as empresas ligadas a estes setores representaram um impacto de 1,2 mil milhões de euros, no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
É ainda dito na carta que em 2018 “os espetáculos ao vivo em território português contaram com 16,9 milhões de
espetadores e geraram 109 milhões de euros só de receitas de bilheteira, e empregavam mais de 130 mil pessoas”.
A associação salienta que a despesa das Câmara Municipais com as atividades culturais e criativas, em 2018, atingiu 469,8 milhões de euros, o que faz com que as autarquias sejam “os motores principais destas atividades em
Portugal”.
Entre as medidas sugeridas pela associação estão: “a criação de um fundo de apoio local destinado especificamente a empresas e iniciativas desta natureza, à semelhança do que já acontece em outras autarquias; a redução temporária de impostos municipais para as empresas com CAE ligado a estes setores; o reforço da parcela do orçamento municipal dedicado à cultura e aos eventos, definindo desde já a agenda / programação para a realidade pós-Covid-19”.
A associação alerta que o desaparecimento destas empresas pode inviabilizar que os municípios, no futuro, “tenham prestadores de serviços para realizarem as atividades culturais que sempre dignificaram cada região”.
Na carta é referido que a associação está totalmente disponível “para ajudá-lo a ajudar-nos. Depois do poder central, agora é a vez de batermos à porta do poder local na esperança de que, desta feita, a resposta nos traga o oxigénio em falta desde março do ano passado”.
A associação refere que é demasiado teimosa para desistir, e mostra-se disponível para se reunir com os diversos autarcas do país.
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