O secretário-geral do Partido Comunista, Jerónimo de Sousa, afirmou que não iria integrar um governo socialista e justificou que a ‘geringonça’ resulta de um período político particular no país. Em entrevista à Antena 1, o governante referiu ainda que o PCP e o PC são “adversários recíprocos” nas próximas eleições autárquicas.
“Não iríamos integrar nenhum governo do PS. (…) Este caminho conjunto resultou de uma conjuntura muito concreta, que eu acho que não repetível”, refere o dirigente comunista à rádio, acrescentando que acredita na convicção de António Costa quando propõe um cenário de maioria absoluta com PCP e Bloco de Esquerda (BE).
Jerónimo de Sousa adianta que a afirmação é bem intencionada, mas o problema que reside é o de o resultado do PS maioritário não ter sido “nada brilhante”. “Aquilo que nós faríamos era continuar, através da nossa ação institucional, procurar continuar a lutar para melhorar as condições. Ninguém pense que o PCP poderia funcionar como peninha no chapéu”, sugere o responsável do PCP.
Quanto às próximas metas, Jerónimo de Sousa mostra-se confiante de que haverá avanços no aumento extraordinário das pensões, no entanto, critica a falta de concretização de medidas do atual primeiro ministro. Segundo Jerónimo de Sousa, António Costa demostra abertura, regista os temas e a persistência comunista mas não calendariza as sugestões e as normas.
A seu ver, o governo socialista corre o risco de frustrar as espectativas dos portugueses. “Não digo que seja já um desfecho, essa interiorização desse sentimento”, sublinha. Em declarações à Antena 1, o dirigente partidário fez também referência ao Orçamento do Estado para 2018 e explicou que “é exagerado dizer que está a andar sobre rodas”.
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