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Incêndio em Londres: Crianças atiradas pelas janelas para escaparem às chamas

“Uma mulher atirou o filho pela janela. Penso que ele está bem, deve ter alguns ossos partidos e algumas nódoas negras”. Famílias afetadas pelo incêndio a deflagrar na Grenfell Tower retiram crianças do edíficio pela janela.
Toby Melville/Reuters
14 Junho 2017, 12h23

Enquanto os bombeiros tentam combater o aparatoso incêndio “sem precedentes” que deflagrou esta madrugada num edifício de 24 andares na zona oeste de North Kensington, em Londres, começam a chegar relatos de sobreviventes ao incidente. Um deles dá conta de que um bebé terá sido salvo depois de ter sido atirado pela mãe por uma janela do edíficio em chamas.

Testemunhas no local contam, à agência ‘Press Association’, que o bebé terá sido atirado do 9.º ou 10.º andar e terá sido apanhado no ar por um homem que se encontrava no local.

“As pessoas estavam a aparecer às janelas a bater freneticamente e a gritar. Uma mulher estava a fazer gestos a dizer que ia atirar o bebé da janela e a perguntar se alguém podia apanhar a criança. Um homem correu para a janela e conseguiu agarrar o bebé”, conta Samira Lamrani, acrescentando que, de onde se encontrava, conseguia ver “pessoas em todos os ângulos a bater e a gritar por ajuda”.

Outros relatos indicam que outras crianças terão sido atiradas pelos pais das janelas, na esperança de salvar os filhos. “Uma mulher atirou o filho pela janela. Penso que ele está bem, deve ter alguns ossos partidos e algumas nódoas negras”, afirma outra moradora da zona à rádio LBC.

O incêndio a deflagrar na Grenfell Tower está a ser combatido pelos bombeiros, mas até ao momento ainda não foi controlado e já consumiu quase todo o edifício.

Cerca de 500 pessoas, incluíndo quatro famílias portuguesas, habitam nos 120 apartamentos existentes na Grenfell Tower. Duas crianças portuguesas estão internadas com prognóstico reservado na sequência do incêndio e os restantes portugueses já foram contactados pelo consulado e estão bem, embora tenham perdido as suas casas.

Até agora foram confirmados seis mortos, “mas o número deverá subir durante o que se prevê venha a ser uma complexa operação de recuperação de vários dias”, indica Stuart Cundy, comandante da política metropolitana de Londres. Várias pessoas estão a receber assistência médica.

 

 

 

 

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