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António Costa diz que é “curioso” ver “tonalidade dos diferentes derivados da direita” sobre confinamento

Em debate na Assembleia da República, o primeiro-ministro reafirmou a ideia de que a pandemia foi “o maior atestado de falhanço das visões neoliberais” e sublinhou que este é o momento de valorizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os serviços públicos e reforçar os apoios sociais.
António Cotrim / Lusa
17 Março 2021, 17h27

O primeiro-ministro, António Costa, referiu esta quarta-feira que é “curioso” ver a “tonalidade dos diferentes derivados da direita” relativamente ao confinamento. António Costa reafirmou a ideia de que a pandemia foi “o maior atestado de falhanço das visões neoliberais” e sublinhou que este é o momento de valorizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os serviços públicos e reforçar os apoios sociais.

“Uma das coisas mais curiosas do debate sobre a pandemia é ver a tonalidade dos diferentes derivados da direita relativamente à matéria do confinamento. Aqueles que fechavam mais, aqueles que abriam tudo, aqueles que abriam quase tudo e aqueles que prudentemente falam de outros temas, passando pelos pingos da chuva a ver se ninguém lhes pergunta o que fariam em caso de necessidade”, disse António Costa, no debate sobre política geral no Parlamento.

O primeiro-ministro respondia assim a uma pergunta colocada pelo deputado único e presidente do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, que acusou o Governo de defender um socialismo “que prefere ter as fronteiras fechadas, as pessoas sem poderem mudar de concelho e com recolher obrigatório”.

António Costa sublinhou que a pandemia veio mostrar que é preciso valorizar o SNS, a escola pública e a Segurança Social, que em conjunto estão a dar resposta aos problemas sanitários e sociais trazidos pela pandemia.

Questionado sobre a entrevista ao jornal Público onde disse que “esta crise foi o maior atestado de falhanço das visões neoliberais”, António Costa não retirou nada do que disse, mas desmentiu estar a referir-se diretamente às ideias defendidas pelo Iniciativa Liberal. “Há alguma imodéstia da sua parte ao pensar que eu estava a pensar em si quando dei aquela resposta”, disse a João Cotrim Figueiredo.

“Foi uma forma delicada para não chamar arqueólogos àqueles que foram no final do século XX desenterrar as ideias que tinham sido devidamente enterradas no século XX”, acrescentou.

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