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Saída de Rocha Andrade pode “atrasar” negociação do Orçamento

A saída de Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, “poderá atrasar as coisas [negociação do Orçamento do Estado]”, afirma Paulo Ralha.
Cristina Bernardo
10 Julho 2017, 12h04

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, lamentou a saída do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Ralha e afirma que esta decisão poderá vir a atrasar a negociação do futuro Orçamento do Estado.

“Lamentamos esta situação. Poderá atrasar as coisas [negociação do Orçamento do Estado], tudo vai depender do entendimento do próximo secretário de Estado, que pode ser diferente e poderá obrigar ao recomeço e regresso à mesa das negociações”, disse à agência Lusa.

Tanto para os trabalhadores como para Paulo Ralha, o trabalho do Rocha Andrade deve ser reconhecido, pois pegou nas “matérias difíceis como o combate à grande evasão fiscal” e como interlocutor era bastante válido, sendo que estavam a espera de chegar a um consenso em questões importantes que dizem respeito aos trabalhadores, nomeadamente, em relação as carreira. Uma matéria que também fica pendente.

Para Paulo Ralha, a negociação ao nível das carreiras estava “a correr bem e a ir de encontro às expectativas dos trabalhadores”.

O primeiro-ministro, António Costa, aceitou no domingo os pedidos de exoneração dos secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e da Indústria, João Vasconcelos, com a intenção de não prejudicar o Governo, “apesar de não ter sido deduzida pelo Ministério Público qualquer acusação”.

O responsável acrescenta que, “é necessário que se continue este trabalho, porque o secretário de Estado [Rocha Andrade] fez um bom trabalho”.

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