A Uefa propôs a entrada dos clubes na gestão do negócio da ‘Champions’, através da criação de um consórcio que terá a responsabilidade de decidir o futuro comercial da Liga dos Campeões, no que seria um acordo sem precedentes e que marcaria um antes e um depois da competição no ciclo que se inicia na temporada 2024/25, segundo o “Financial Times”.
O organismo que gere o futebol europeu já está em negociações avançadas com a Associação Europeia de Clubes (ECA – sigla em inglês) sobre a criação de um consórcio que controlará todos os direitos televisivos e de patrocínio da Liga dos Campeões e Liga Europa.
Ed Woodward, presidente-executivo do Manchester United, antecipou as negociações no mês passado, garantindo que, com qualquer mudança de formato, esperaria um “maior envolvimento dos clubes na gestão e controlo das competições”.
Atualmente a UEFA é a única responsável pelas competições, distribuindo cerca de 3,25 mil milhões de euros entre prémios e acordos de direitos televisivos entre os clubes participantes, sendo a Liga dos Campeões a principal fonte de receita.
A nova empresa poderá abrir a porta ao desenvolvimento de serviços de streaming na internet, em vez de vendê-los para emissoras de televisão paga, ou mesmo abrir a porta para o envolvimento de empresas de investimento privado nas competições europeias.
Com a transferência do poder para os clubes, a UEFA faz questão de apaziguar o ânimo das equipas que, sempre que se iniciam as negociações do futuro ciclo de competições, recuperam a ideia de criar uma Superliga Europeia.
Em janeiro passado, o “The Times” divulgou o rascunho da Superliga Europeia de Futebol, com quinze equipes fundadoras que teriam recebido 350 milhões de euros para participar. Manchester United, Liverpool, Real Madrid e AC Milan estavam entre os promotores de um projeto que seria financiado pelo banco norte-americano JPMorgan Chase.
A UEFA está a trabalhar na atualização do formato da Liga dos Campeões que espera seduzir mais adeptos e clubes, com o objetivo de equilibrar um negócio com implicações milionárias.
O órgão que dirige o futebol europeu vai aumentar o número de equipas participantes na Liga dos Campeões, que passarão de 32 para 36. O aumento dos clubes em disputa será acompanhado por um novo regime de competições, em que a fase de grupos dará lugar a um campeonato em que cada equipe jogará dez encontros, em vez dos seis atuais.
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