A Rússia será sancionada por ter alegadamente interferido nas eleições norte-americanas em 2016. As novas medidas foram aprovadas, em Washington, incidem particularmente no sector energético e afetam diretamente os interesses económicos europeus.
A Alemanha já tinha mostrado o seu desagrado em relação às sanções, na voz de Sigmar Gabriel, ministro dos negócios estrangeiros, que afirmou: “Não vamos aceitar de forma alguma a aplicação extraterritorial das sanções dos EUA contra empresas europeias”, disse o ministério dos negócios estrangeiros alemão num comunicado citado pela AFP.
Brigitte Zypries, ministra da Economia alemã, também discorda das medidas tomadas pelos Estados Unidos e diz o governo alemão considera que as medidas são contra o direito internacional.
“Claro que não queremos uma guerra comercial, mas é importante que a Comissão Europeia observe as contrapartidas”, disse Brigitte Zypries, à Reuters.
Uma das principais preocupações da Alemanha é o projeto Nord Stream, um gasoduto que liga a Rússia à Alemanha através do mar Báltico, desenvolvido pela russa Gazprom e cinco grupos europeus: Engie (França), Uniper e Wintershall (Alemanha), OMV (Áustria) e a anglo-holandesa Shell.
Bruxelas e a Rússia criticaram o documento aprovado pela maioria no Congresso, pois podem afetar as empresas europeias e o fornecimento de gás russo a longo-prazo.
A Rússia já avançou com retaliações e vai expulsar 755 diplomatas norte-americanos.
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