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ASAE tranquiliza portugueses sobre caso dos ovos contaminados

A entidade avança que o consumo dos produtos contaminados não deverá ter ocorrido em território nacional.
5 Setembro 2017, 15h41

O caso do cidadão português que comprou ovos contaminados com pesticida tóxico, na Bélgica, deixou Portugal preocupado. O Governo já havia afirmado tratar-se de um caso isolado e a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) avançou, esta terça-feira, a probabilidade do consumo ter ocorrido fora de Portugal.

“Estamos no terreno a avaliar exatamente a quantidade comprada, que foi pequena e, por isso, tudo indica que fosse para consumo. Os ovos podem ter sido consumidos fora do território nacional”, declarou à Lusa, o inspetor-geral da entidade, Pedro Portugal Gaspar, acrescentando que a compra do produto contaminado foi efetuada a 19 de agosto.

O caso foi identificado como “transacionado para empresa portuguesa” mas “provavelmente, pela quantidade envolvida, será um cidadão ligado a uma empresa”, que não terá adquirido uma quantidade superior a uma dúzia de ovos. Desta forma, o diretor-geral da ASAE afirma que, de acordo com os dados disponibilizados pelas autoridades portuguesas revelam tratar-se de uma “transação doméstica”, com destino no norte do país.

O responsável adiantou, ainda, que “a maneira como nos foi transmitida [a situação] foi pela chamada de notificação de informação, e não por alerta. Como o próprio nome indica, é apenas para informar e mostra que não existe risco nem implica uma ação rápida”.

Face aos riscos para a saúde, o diretor-geral relembra que o pesticida tóxico fipronil é considerado de “risco moderado”, pelo que o seu consumo meramente pontual não é preocupante. Contudo, não deixa de ser proibido o seu uso em produtos alimentares para humanos.

Esta situação, de acordo com a lista da Comissão Europeia a que a agência teve acesso, colocou o país na lista dos 26 Estados-membros afetados pela comercialização ou distribuição de ovos contaminados, onde se inclui a Noruega, o Liechtenstein, a Suiça e a Rússia. Por sua vez, a Lituânia e a Croácia não constam da listagem.
Fonte do Ministério da Administração Interna afirmou, após ser questionado pela TVI, que os ovos contaminados possuem casca branca e não são produzidos em Portugal, ao passo que a grande maioria dos ovos consumidos no país, além de produção nacional, são de casca castanhas, relembra o executivo.

 

 

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