O alerta foi dado por Carla de Lello Lorenzi, porta-voz da delegação brasileira da Survival International, organização não-governamental de defesa dos povos indígenas. Durante uma conversa de bar, um grupo de garimpeiros terá feito alarde de ter assassinado uma tribo inteira, que encontraram perto da fronteira entre o Brasil e o Peru, segundo adianta o Público.
Segundo Lorenzi, citada pelo jornal, os mineiros terão cortado os corpos aos pedaços para evitar que flutuassem, e atiraram-nos para o rio Jandiatuba. Para corroborar a sua versão dos factos, os mineiros terão exibido ferramentas e ornamentos indígenas. Um dos presentes gravou a conversa e entregou a gravação às autoridades, o que espoletou uma investigação àquilo que, se se confirmarem os relatos, será uma dos maiores assassínios em massa de povos isolados das últimas décadas.
“Se estes relatos se confirmarem, [o Presidente Michel Temer] e o seu Governo têm uma grande responsabilidade por este ataque genocida”, diz Stephen Corry, diretor da Survival International, acrescentando que o executivo fez cortes na Funai, a Fundação Nacional do Índio, deixando-os “à mercê de milhares de invasores – mineiros, fazendeiros e madeireiros – desesperados para roubar e pilhar as suas terras.”
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