A farmacêutica norte-americana Pfizer revelou que pretende continuar a explorar as possibilidades da tecnologia baseada em genes (mRNA) – responsável pelo sucesso da vacina contra a Covid-19 – para desenvolver novos fármacos contra outros tipos de vírus além do SARS-CoV-2, segundo o “Wall Street Journal”.
A farmacêutica, que desenvolveu a vacina Covid-19 em conjunto com a parceira alemã BioNTech, está pronta para dar sequência à tecnologia de mRNA por conta própria após a sua experiência no ano passado, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla, numa entrevista ao jornal.
A vacina contra a Covid-19, baseada na tecnologia mRNA da BioNTech, revelou uma eficácia superior a 90% em testes e desempenha atualmente um papel importante no controlo da pandemia que já matou quase três milhões de pessoas em todo o mundo.
Juntamente com outra injeção baseada em mRNA desenvolvida pela Moderna, a vacina Pfizer-BioNTech foi autorizada para uso de emergência nos Estados Unidos e na Europa – a primeira aplicação da tecnologia fora dos testes clínicos.
As vacinas de mRNA funcionam ao inserir esse ácido ribonucleico, responsável pela transferência de informações do ADN até o citoplasma, que instruí as células a fazerem as proteínas de um patógeno ou pedaços de proteína, estimulando o sistema imunitário a entrar em ação.
O sucesso da tecnologia está a levar os produtores de medicamentos a considerar o seu uso além das vacinas, inclusive no tratamento do cancro. “Consideramos um grande reconhecimento que empresas como a nossa parceira Pfizer esteja envolvida na criação da sua própria estratégia de vacina de mRNA”, disse uma porta-voz da BioNTech à “Reuters”.
O negócio atual de vacinas da Pfizer, que inclui a sua vacina contra a pneumonia ‘Prevnar 13’, gerou 6,5 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros) o que corresponde a 16% das vendas totais da farmacêutica no ano passado.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com