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Justiça francesa investiga BNP Paribas por alegada cumplicidade no genocídio no Ruanda

Na base da investigação está a possibilidade do banco ter transferido mais de 1,3 milhões de dólares de fundos, para financiar a compra de 80 toneladas de armas por um general do Ruanda, considerado o teórico do genocídio contra os tutsi.
25 Setembro 2017, 19h21

O Ministério Público francês abriu uma investigação ao maior banco francês, o BNP Paribas, sobre uma alegada cumplicidade da instituição no genocídio no Ruanda, em 1994, noticia o Financial Times.

Na base da investigação está a possibilidade do banco ter transferido mais de 1,3 milhões de dólares de fundos, para financiar a compra de 80 toneladas de armas por um general do Ruanda, considerado o teórico do genocídio contra os tutsi.

“Este é um passo mecânico e obrigatório numa queixa deste tipo. Não é de forma alguma um novo desenvolvimento. Está relacionado com um assunto que remonta a 1994”, disse o BNP Paribas, em comunicado, citado pelo jornal britânico.

O banco salienta, ainda, que “não recebeu a queixa que foi anunciada nos media. E não temos conhecimento do conteúdo da queixa. Dadas as condições, não é possível comentar em mais detalhe”.

O processo ocorre depois de um inquérito preliminar iniciado na sequência das queixas da associação Sherpa, do Colectivo das Partes Civis pelo Ruanda e da Ibuka França, em junho.

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