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Índice que mede populismo chega a níveis da Segunda Guerra Mundial

O indicador elaborado pelo fundador de uma das maiores sociedades gestoras de investimentos do mundo, a Bridgewater Associates, agrega os votos que os partidos populistas, quer de esquerda, quer de direita, tiveram desde 1900 em países como os Estados Unidos da América, o Reino Unido, o Japão, a Itália, a Alemanha, a França e Espanha.
19 Outubro 2017, 12h02

O índice Developed World Populism Index, criado pelo investidor norte-americano Ray Dalio, considera que o populismo se encontra em níveis máximos desde 1939, o ano que se deu início à Segunda Grande Guerra.

O indicador elaborado pelo fundador de uma das maiores sociedades gestoras de investimentos do mundo, a Bridgewater Associates, agrega os votos que os partidos populistas, quer de esquerda, quer de direita, tiveram desde 1900 em países como os Estados Unidos da América, o Reino Unido, o Japão, a Itália, a Alemanha, a França e Espanha.

Tendo em conta que foi divulgado em março, e depois dessa data já se realizaram as eleições alemãs e austríacas, por exemplo, o Developed World Populism Index poderá ter mudanças daqui para a frente.

“Creio que não estávamos tão optimistas com o mercado de ações europeu desde há muitos anos. Como resultados positivos temos o crescimento global, os benefícios empresariais ou valorações, que continuam a ser razoáveis, mas do lado negativo temos o populismo, a geopolítica e o terrorismo”, afirmou ao jornal espanhol El Economista Ann Steel, gestora de Columbia Threadneedle Investments.

O índice do populismo de Ray Dalio junta-se, assim, ao do think tank da Suécia Timbro, o Timbro’s Populist Index, do qual constam os resultados de todas as eleições para os parlamentos nacionais desde a década de 80 e que também se encontra com números recordes no populismo de direita e de esquerda.

O índice sueco vai mais longe nas conclusões e aponta que o populismo de direita está a avançar de forma mais rápida do que o de esquerda. Segundo os dados recolhidos até ao passado mês de agosto, os votos da direita populista aumentaram para 12, 1% da média total, enquanto a esquerda caiu para 6,3% desde o seu máximo 9,9% atingido em 1981, durante a Guerra Fria.

 

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