Estado toma posição acionista no SIRESP e admite controlo

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou, em conferência de imprensa, que o Estado vai tomar uma posição acionista no SIRESP (Rede de Emergência e Segurança), podendo inclusivamente chegar ao controlo acionista da rede de comunicações.

Pedro Marques afirmou que o Estado, através da conversão de créditos, vai tomar posição acionista no SIRESP, aumentando assim a sua influência ao nível da gestão do sistema. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas admitiu que a prazo o Estado poderá ter mesmo uma posição de controlo acionista do SIRESP.

Além desta decisão, o governo decidiu pela “aquisição de quatro estações móveis com ligação satélite para reforçar as comunicações de emergência” e decidiu lançar a “contratação de um sistema de redundância adicional de satélite, que acresce as comunicações de emergência”, disse Pedro Marques, acrescentando ainda que serão enterrados cabos para aumentar a resistência da rede actual.

O Governo reuniu hoje em Conselho de Ministros extraordinário, tendo aprovado um pacote de medidas “entre 300 e 400 milhões de euros”, que se destinam à recuperação das habitações e infraestruturas de empresas e autarquias, apoio ao emprego e ao setor agrícola e florestal.

Concretamente, o setor agrícola e florestal vai contar com até 35 milhões de euros, que se destinam, designadamente, a apoiar a alimentação dos animais e o depósito e a comercialização da madeira ardida, segundo avançou o ministro da agricultura, Capoulas Santos, que participou na conferência de imprensa juntamente com os ministros do Planeamento e do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva.

A comissão para pagamento de indemnizações aos familiares das vítimas dos incêndios, que dispõe de 30 dias para fixar os critérios das indemnizações, foi igualmente aprovada pelo Governo.