A greve de professores e funcionários escolares obrigou ao encerramento de 90% das escolas de todo o país, sendo já considerada “a maior greve de professores desde 2013”, segundo a Fenprof.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, apresentou os primeiros dados sobre o efeito da greve nacional da Função Pública e da adesão dos professores à paralisação.
“Há 90% de escolas fechadas. Há agrupamentos inteiros encerrados”, disse Mário Nogueira, referindo-se a estabelecimentos de ensino desde o Norte até ao Sul do país. “Há direções inteiras de escolas a fazer greve”, disse Mário Nogueira, dando como exemplo escolas no Seixal.
“Esta greve é claramente a maior greve desde 2013, altura em que foram feitas três semanas de greve no período de avaliações”, afirmou o líder da Fenprof, alertando o Governo que tem de olhar para estes números como “um sério aviso que não pode deixar de ser tido em conta”.
Na Escola Secundária do Lumiar, em lisboa, 73% dos docentes fizeram greve, enquanto na Quinta dos Franceses, no Seixal, a adesão foi de 100% e na escola Rainha Santa, em Coimbra, apenas 7% dos professores compareceram esta manhã, segundo números da Fenprof. que revelam que as escolas do primeiro ciclo do concelho de Faro estão hoje todas encerradas.
Mário Nogueira voltou hoje a sublinhar que é “absolutamente inaceitável” a proposta do Orçamento do Estado no que toca à carreira dos professores, que são vítimas de uma “discriminação inadmissível”.
Segundo a Fenprof, ao contrário dos outros funcionários públicos, os professores vão perder “nove anos, quatro meses e dois dias”. Os professores também estão a cumprir uma greve, convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em defesa dos direitos, das carreiras, da estabilidade e dos salários.
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