Como frisou o Presidente da República, quando a nível nacional se votou a moção de censura a António Costa devido às falhas no combate aos incêndios, as moções de censura não servem o propósito estrito de derrubar Governos, mas também de clarificar o apoio parlamentar do Executivo em momentos de alguma agitação política. Nesse aspeto, nada de novo na Madeira: como seria expectável, os deputados social-democratas chumbaram a iniciativa.
Mas um dos sinais interessantes foi a abstenção do CDS. Tal como na moção apresentada há quase dois anos e meio pelo PCP, os democratas-cristãos optaram por fazer uma oposição light: questionaram a oportunidade desta iniciativa do PS e deram o “benefício da dúvida” a Miguel Albuquerque.
Será este um sinal de que a direita, em queda nas sondagens, estaria disponível para uma aliança em 2019 entre os dois partidos dessa área política, para fazer face à crescente popularidade de Cafôfo? Não é descabido pensar neste cenário. O pragmatismo tem muita força na política.
O tempo trará a necessária clarificação – desta e de outras incógnitas. Falta saber como evoluirá o PS-Madeira e, claro, que papel estará ou não reservado ao atual presidente da Câmara Municipal do Funchal, nas eleições de 2019. Provavelmente só ele saberá.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com