A Justiça portuguesa desmantelou um grupo organizado que dedicava-se ao furto de viaturas, as quais eram em seguida desmanteladas e vendidas por peças com destino a encomendas provenientes de Cabo-Verde. Os alvos desta rede de roubos eram viaturas da marca Toyota Corolla ou Hiace. Na mega operação lançada pela PSP, GNR, ASAE, SEF e AT, foram detidas 13 pessoas, tendo ficado em prisão preventiva para quatro dos arguidos, revelou hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
“Doze dos arguidos ficaram fortemente indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, furto, receptação e tráfico de estupefacientes de menor gravidade. A quatro dos arguidos foi aplicada a medida de coacção de prisão preventiva, ficando os demais arguidos sujeitos a TIR”, avança a PGDL.
As medidas de coacção surgem na sequência da megaoperação lançada a 7 de novembro de 2017 que levou á detenção de treze arguidos, em execução de mandados emitidos pelo MP fora de flagrante delito.
A megaoperação contou com mais de 200 elementos da PSP, GNR, ASAE, SEF e Autoridade Tributária, tendo sido apreendidas inúmeras viaturas furtadas e demais objetos e produto dos crimes no âmbito da atividade criminosa que foi desenvolvida pelos arguidos desde março de 2017.
A PGDL dá conta que os principais arguidos tinham criado um grupo organizado com a finalidade criminosa permanente do furto de viaturas, as quais eram em seguida desmanteladas e vendidas por peças com destino a encomendas provenientes de Cabo-Verde.
“Para o efeito os arguidos desenvolviam uma atividade planificada, com distribuição de tarefas entre eles, angariação de indivíduos para a prática dos furtos, com distribuição dos elevados lucros ilícitos assim obtidos”, explica a PGDL, em comunicado.
Esta entidade adianta ainda que os arguidos dispunham de oficinas e terrenos onde procediam ao desmantelamento das viaturas furtadas, usando algumas delas para o negócio de salvados obtidos licitamente como forma de dissimularem a atividade criminosa indiciada.
De acordo com a PGDL, os arguidos escolhiam viaturas da marca Toyota Corolla ou Hiace.
Num dos armazéns alvo de buscas, na zona de Sintra, as autoridades encontraram vários veículos. O dono do armazém avançou que recebia 200 euros para desmontar cada automóvel, mas nega ter conhecimento de que os carros eram roubados.
A PGDL avança que a investigação prossegue sob a direcção do Ministério Público na 1ª secção do DIAP de PGDL Sintra com a coadjuvação do Núcleo de Investigação Criminal da GNR.
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