A Comissão de Pescas do Parlamento Europeu aprovou ontem a utilização da pesca com impulsos elétricos na União Europeia, por 23 votos contra 3. A pesca elétrica foi proibida em 1998, mas foi permitido equipar 5% da frota de cada país com redes de arrasto elétricas. As medidas ontem aprovadas permitirão expandir este número, à semelhança do que já se passa no Mar do Norte, onde os navios da frota holandesa podem já estar todos munidos desse equipamento.
A medida mereceu a constestação dos ambientalistas, que consideram que a utilização de uma rede elétrica na pesca de arrasto é uma “técnica muito eficaz”, mas que “transforma o oceano num deserto”. Frédéric Le Manach, director da associação Bloom, que abriu uma petição contra a medida ontem aprovada (e que já apresentou queixa contra a Holanda por abusar das regras até aqui vigentes) disse ainda que esta “é um escandâlo do ponto de vista ambiental e social”, já que “muitos relatórios afirmam que o peixe capturado em redes de arrasto mostra queimaduras, contusões e deformações do esqueleto após a eletrocussão”, e que serve apenas “um pequeno número de industriais holandeses”.
O Presidente da Comissão de Pescas, por sua vez, garante que a medida não põe em causa a regulação “rigorosa” da pesca elétrica nem permitirá abrir “qualquer porta à sua extensão”.
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