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Empresa de segurança Anthea negoceia entrada de parceiro internacional

Empresa portuguesa concretizou recentemente uma parceria com a multinacional I-SEC, especialista em segurança de infraestruturas críticas e que executa as medidas adicionais de segurança nos voos transatlânticos para os EUA, a partir do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
12 Dezembro 2017, 07h25

A empresa de segurança portuguesa Anthea está a negociar a entrada de uma empresa internacional de referência no setor da segurança no seu capital social, apurou o Jornal Económico, junto de fonte conhecedora do processo.

A Anthea concretizou recentemente uma parceria com a multinacional I-SEC – International Security, especialista em segurança de infraestruturas críticas e que executa as medidas adicionais de segurança nos voos transatlânticos para os Estados Unidos da América, a partir do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Através da I-SEC, a Anthea vai representar em Portugal a Cytegic, uma empresa do mesmo grupo especializada em cibersegurança.

Em declarações ao Jornal Económico, o presidente executivo da Anthea, Jorge Silva Carvalho, afirma que se trata de “uma parceria estratégica, que representa um avanço no domínio da segurança de infraestruturas críticas em Portugal”, segmento que constitui a principal aposta da empresa.

Apontou, também, que a representação da Cytegic é importante, porque a cibersegurança tem sido uma das áreas que mais cresce e é relevante para fechar o ciclo de oferta a nível de segurança global empresarial.

O gestor escusou-se a comentar negociações para a entrada de um parceiro internacional no capital da empresa portuguesa.

A Anthea estima um crescimento de mais de 30% da faturação anualizada, para mais 5 milhões de euros, e prevê a manutenção do ritmo de crescimento acima dos 20% nos próximos três exercícios.

Fundada em 2011, opera nos segmentos de eventos e na segurança de clientes privados e corporativos de perfil diferenciado.

Este ano, foi responsável pela segurança da Red Bull Air Race, o maior evento, em termos de segurança, que se realiza em Portugal, constituindo-se como empresa de referência neste segmento.

A Anthea está também presente na segurança do segmento dos estabelecimentos de diversão nocturna. Questionado sobre a polémica relacionada com a operação das empresas de segurança neste sector específico, Silva Carvalho apontou como prioritário o esforço de qualificação, formação e compliance, sendo defensor de uma intensa fiscalização pelas autoridades.

“Não se pode deixar que a segurança de espaços de entretimento nocturnos continue confiada a empresas em que não existe formação e que não são empresas exemplares no cumprimento do quadro regulatório”, disse.

Jorge Silva Carvalho é presidente e acionista da Anthea, que se encontra em processo de transformação em sociedade anónima, desde meados de 2017, tendo transitado da gestão da empresa de segurança 2045 S.A., onde esteve desde 2015.

No biénio 2015-2016, a 2045 S.A., que tinha atravessado um período de sérias dificuldades, subiu de oitava para quinta empresa do sector, com uma faturação que subiu de forma inédita num setor em estagnação, de 23,6%, para 43,5 milhões de euros.

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