Um estudo do ISCTE realizado para a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e apresentado esta segunda-feira revelou que a maioria das empresas defende que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá pouco impacto na sua atividade.
Durante a apresentação do professor do ISCTE Pedro Manuel Esteves foi referido que, quando questionados sobre o impacto do PRR na empresa, “55% [dos participantes] consideram que não terá significado algum para a atividade da sua empresa”. “Apenas 14% consideram que poderá ter algum significado”, afirmou o especialista.
Relativamente aos apoios do Estado, 79% dos respondentes diz “que essas medidas estão aquém ou muito aquém do que aquilo que era necessário, só 21% é que considera que estão à altura dessas mesmas expectativas”, explicou Pedro Manuel Esteves.
Quanto à burocracia, mais de metade (62%) das empresas acredita que os apoios são processos muito burocráticos, 30% diz que são mais ou menos, 7 % referiram que é pouco burocrático e 2% nada burocrático. Para o professor do ISCTE, os resultados ilustram “bem a imagem que estes processos dos apoios públicos têm junto de quem deles beneficia”.
Sobre os últimos três meses, quando abordados sobre as candidaturas que decorreram neste período, 66% confessou que não se candidatou, enquanto que 34% afirmou que o tinha feito. Dos que se candidataram 66% já teve o apoio aprovado e 32% ainda está à espera.
Pedro Manuel Esteves apontou que 80% das empresas já recebeu os apoios e 20% ainda não e ainda que das 66% das empresas que não se candidatou aos apoios recentemente 44% sublinhou que não preenche os critérios de elegibilidade, 37% disse que não precisava e os restantes ainda se vão candidatar.
O estudo teve um erro amostral máximo de 4,9%. O sector com maior peso nas respostas é a energia, com 46%, outros serviços (24%), comércio (13%= e as atividades imobiliárias (6%). Das empresas que participaram no estudo, 76% são micro e pequenas empresas, 18% médias empresas e 6% de grandes empresas.
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