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Costa quer 1,7 milhões de inoculações nas próximas duas semanas

Para garantir que o objetivo é cumprido, defendeu António Costa, é preciso ir além da vacinação média de 100 mil vacinas administradas diariamente, reforçando que o processo, nas próximas duas semanas, não vai ser tão cómodo.
6 Julho 2021, 17h07

Numa altura em que Portugal soma mais de nove milhões de vacinas inoculadas desde 27 de dezembro, António Costa anunciou que o objetivo para as próximas duas semanas é administrar 1,7 milhões de vacinas contra a Covid-19, “um esforço enorme de vacinação para garantir que todos aqueles que são maiores de 60 anos e só têm uma dose da vacina tenham a segunda dose da vacina”, afirmou o primeiro-ministro, esta terça-feira, depois de uma visita ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

Aos jornalistas, o primeiro-ministro afirmou que o país está numa “luta contra o tempo, entre a capacidade do vírus se ir diferenciando e a capacidade que temos de assegurar a vacinação”, sublinhando a necessidade de “avançar no processo de vacinação” dos mais jovens. “É um esforço que tem que ser bem sucedido”.

Fazendo referência ao novo recorde que foi registado esta segunda-feira, de 141.500 doses inoculadas em Portugal, António Costa acrescentou que nas próximas duas semanas “a administração das vacinas não pode ser dada com a mesma comodidade que tinha sido dada ao longo deste processo”.

“Esta é uma luta contra-relógio para garantir que todos vamos ficar melhor protegidos”, sublinhou.

António Costa referiu que os portugueses têm agora a responsabilidade de serem vacinados para “poupar a necessidade de [os profissionais de saúde] de terem de nos salvar”, vincando que será importante, nas próximas duas semanas, os portugueses “fazerem o esforço de se vacinarem em condições menos agradáveis”.

Governo está a “trabalhar” para converter profissionais de saúde contratados durante a pandemia “em pessoal efetivo”

Desde o início da pandemia, o Governo inaugurou 101 casos de cuidados em unidades de cuidados intensivos (UCI), o que, segundo a ministra da Saúde Marta Temido “representa cerca de metade das intervenções em serviços de cuidados intensivos que estão previstas, sendo que as outras 13 UCI que têm projetos de investimento a decorrer também irão, tal como esta, contribuir para a melhoria da resposta aos portugueses nesta área, não só em ambiente Covid, mas em geral”, afirmou durante a mesma conferência de imprensa.

Aos jornalistas. Marta Temido ressalvou que o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) permitiu que o país capacitasse as unidades de UCI que antes da pandemia “eram altamente deficitárias”.

Além de terem sido reforçadas as infraestruturas nas UCI, a a ministra anunciou que o Governo está “a trabalhar para converter os recursos humanos que contratamos para a pandemia, sempre que tal é necessário, em pessoal efetivo que contribui para as melhores respostas do SNS”. Graças a este reforço de recursos humanos, o SNS aumentou em 10% a resposta hospitalar, um aumento que, segundo a governante, é “significativo” quando comparado a 2020. “Estamos quase aos mesmos níveis de 2019”.

“Não temos só de continuar a recuperar e lutar contra a pandemia, mas temos que executar um plano de melhoria e resiliência do nosso SNS que terá muitos desafios como este”, acrescentou, referindo que essa capacitação irá “contribuir para que tenhamos um SNS com uma visão como aquela que aqui ficou, um SNS mais integrado”, disse fazendo referência à unidade hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

“Todos os euros que aqui investimos, são euros que se convertem em bom serviço às pessoas”, frisa.

 

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