O grupo de distribuição nacional Jerónimo Martins encerrou o primeiro semestre deste ano com um volume de vendas de cerca de 9,9 mil milhões de euros, o que representou um crescimento de 6,3% face ao período homólogo de 2020.
No período em apreço, as vendas cresceram 7,7% na Biedronka, 12,6% na Ara (Colômbia), 17,7% na Hebe (Colômbia) e 2,8% no Pingo Doce (excluindo combustíveis).
Os resultados líquidos da Jerónimo Martins na primeira metade deste ano subiram de forma mais impressiva, na casa dos 8,9%, para cerca de 104 milhões de euros.
“O nosso desempenho nestes primeiros seis meses mostra a força e competitividade dos nossos modelos de negócio em todos os países onde temos operações. A Biedronka [Polónia] continuou a garantir a preferência dos consumidores, mostrando que consegue manter o ‘momentum’ e criar oportunidades comerciais diferenciadoras quer nos momentos difíceis – como os vividos no início deste ano quando uma nova vaga de infeções por Covid-19 atingiu a Polónia – quer nos mais positivos, como no segundo trimestre deste ano”, destaca Alexandre Soares dos Santos, CEO do Grupo Jerónimo Martins.
De acordo com este responsável, “em Portugal, o Pingo Doce e o Recheio trabalharam arduamente para recuperar as vendas e o EBITDA, conseguindo limitar os efeitos negativos dos contínuos constrangimentos que continuam a afectar o desempenho”.
“Num contexto operacional que se manteve difícil no segundo trimestre, a Ara conseguiu entregar um sólido desempenho de vendas e EBITDA, melhorando o seu posicionamento no mercado colombiano, e confirmando a sua capacidade de capturar o potencial que identificamos na Colômbia”, realça Alexandre Soares dos Santos, acrescentando que “crescer de forma rentável aproveitando as oportunidades de cada mercado manter-se-á a nossa principal prioridade, enquanto asseguramos a protecção das nossas pessoas e dos nossos clientes, a colaboração com os nossos fornecedores e o apoio às comunidades que servimos”.
“O sólido desempenho das vendas foi a tónica transversal a todas as insígnias, levando o EBTIDA consolidado a crescer 12,6% (…). O valor de EBITDA incluiu custos relacionados com a Covid-19 de 10 milhões de euros (29 milhões de euros no primeiro semestre de 2020)”, adianta o comunicado enviado pelo grupo retalhista nacional enviado há minutos à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
O mesmo documento acrescenta que os custos financeiros líquidos do Grupo Jerónimo Martins foram de -74 milhões de euros no primeiro semestre deste ano (-96 milhões de euros no período homólogo de 2020), “incorporando um ganho de conversão cambial de três milhões de euros relativo a ajustes de valor na capitalização de locações operacionais denominadas em euros na Polónia, que, no mesmo período do ano anterior, foram de -14 milhões de euros”.
“O capex [investimento] (excluindo os direitos de utilização adquiridos de acordo com a IFRS16) foi de 200 milhões de euros, 60% dos quais alocados à Biedronka”, na Polónia.
Segundo a administração do grupo liderado por Alexandre Soares dos Santos, “o primeiro semestre foi um período de forte geração de caixa, que atingiu 82 milhões de euros, reforçando ainda mais o balanço (…)”.
“Para este desempenho contribuiu também a boa gestão dos fluxos de capital circulante que, no primeiro semestre de 2020, conforme sinalizado à época, foram impactados pelo menor crescimento das vendas e por um calendário desfavorável”, assinalam os responsáveis do grupo retalhista nacional.
(Atualizado às 18h29m)
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