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Dirigentes da Fed discutiram em julho início da redução dos apoios à economia

Os dirigentes da Reserva Federal (Fed) discutiram, em julho, a altura em que deveriam começar a reduzir o apoio do banco central à economia, que tem estado a recuperar da recessão provocada pela pandemia.
Chairman da Reserva Federal dos EUA, Jerome H. Powell (AFP)
18 Agosto 2021, 21h44

Os dirigentes da Reserva Federal (Fed) discutiram, em julho, a altura em que deveriam começar a reduzir o apoio do banco central à economia, que tem estado a recuperar da recessão provocada pela pandemia.

A ata da reunião, divulgada esta quarta-feira, revelou que os participantes do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês) não tomaram uma decisão firme sobre um calendário.

Mas os analistas consideram que sinalizaram que podem começar a reduzir os apoios antes do final do ano.

Os dirigentes entenderam também que seria apropriado reconhecerem que a economia estava a fazer progressos na prossecução dos objetivos da Fed para a inflação e o desemprego.

Em resultado, o banco central está a aproximar-se de anunciar que vai começar a reduzir o ritmo das suas compras de dívida pública e privada, que é de 120 mil milhões de dólares (102,5 mil milhões de euros) mensais. Estas compras têm tido por objetivo baixar a taxa de juro de logo prazo e encorajar o crédito e o consumo.

“Não houve decisões sobre futuros ajustamentos às compras de ativos durante esta reunião”, segundo a ata. Mas no documento acrescentou-se que os dirigentes da Fed “entenderam que, dado que a economia está a evoluir, de forma geral, como previsto, seria apropriado começar a reduzir o ritmo da compra de ativos este ano”.

Não obstante, segundo a ata, os participantes na reunião do FOMC manifestaram preocupação com a ameaça colocada pela propagação da variante delta do novo coronavírus, altamente contagiosa.

Admitiram mesmo que “a propagação da variante delta pode adiar temporariamente a reabertura total da economia e restringir a contratação e a oferta de trabalho”.

Vários economistas têm admitido, baseados em declarações de dirigentes da Fed, que o banco central pode anunciar em setembro um plano para começar a reduzir as compras de dívida no final deste ano e acabar com elas meses depois.

Os investidores têm monitorizado estas deliberações porque os dirigentes da Fed devem acabar com este programa de compra de títulos de dívida antes de começarem a subir a taxa de juro de referência de curto prazo. Esta taxa tem estado nas proximidades de zero desde o aparecimento da pandemia, em março de 2020, que praticamente fechou a economia.

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