Cabo Verde atingiu hoje a meta de 70% da população adulta vacinada contra a covid-19 e pretende chegar a 85% no próximo mês, anunciou, na ilha do Sal, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
“Em Cabo Verde atingimos hoje, precisamente hoje, 70% da população adulta vacinada com uma dose da vacina [contra a covid-19]. E temos a meta de atingir 85% até finais do mês de outubro”, afirmou Ulisses Correia e Silva, no discurso de abertura da segunda edição do Fórum Mundial da Organização Mundial do Turismo sobre o Investimento Turístico em África (FMITA), que decorre na localidade de Santa Maria.
O Governo cabo-verdiano tinha estabelecido a meta de vacinar 70% da população adulta (cerca de 370 mil pessoas) até final de 2021.
“Controlar e vencer a pandemia de covid-19 passa necessariamente pela universalização do acesso à vacina. Acesso à vacina e capacidade logística e de recursos humanos para vacinar. E nenhum país deve ficar para trás”, acrescentou.
O turismo representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, após um recorde de 819 mil turistas em 2019, mas o setor está praticamente parado desde março de 2020, devido às restrições nacionais e internacionais impostas devido à pandemia de covid-19.
O FMITA 2021 reúne em Santa Maria ministros do turismo do continente africano, entre outros, diversos representantes de instituições financeiras e doadores, fundos de investimento, profissionais de viagens, companhias aéreas, promotores e operadores turísticos, e tem como propósito contribuir para promover o investimento para o desenvolvimento e valorização do turismo em África.
Entre os objetivos específicos do encontro, segundo o Governo cabo-verdiano, anfitrião do fórum, destaca-se a criação de uma imagem positiva de África e de Cabo Verde, enquanto destinos turísticos.
Na sua intervenção, Ulisses Correia e Silva destacou o objetivo de Cabo Verde em continuar a afirmar-se como um país estável e de baixo risco a vários níveis, nomeadamente na estabilidade política e de governação ou na segurança. “Dizemos sempre e é verdade: Não temos recursos minerais, o nosso maior recurso, o nosso maior ativo, são os intangíveis. Recursos humanos, estabilidade, confiança nas relações”, apontou o chefe do Governo.
“Estamos a trabalhar para posicionar Cabo Verde como um país seguro do ponto de vista sanitário, com um bom nível de saúde pública e bons serviços de prestação de cuidados de saúde. Ao mesmo tempo, investimentos foram feitos e estão a ser feitos para certificar hotéis, restaurantes, serviços de transportes aéreos, marítimos e terrestres, os aeroportos, os portos, com certificado de qualidade sanitária. É importante para restaurar a confiança”, destacou ainda.
Em paralelo a este fórum, a ilha do Sal recebe desde quarta-feira mais de 200 participantes, de 30 países, para a 64.ª reunião da comissão regional africana da Organização Mundial do Turismo (OMT, agência das Nações Unidas), que decorre até sábado, na ilha do Sal.
Cabo Verde já viu renovado durante a reunião o mandato como membro do Conselho Executivo da OMT, para o período 2022-2025, segundo divulgou o ministro do Turismo e Transportes cabo-verdiano, Carlos Santos, antevendo que a mesma será apresentada à reunião da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas para o Turismo, prevista para este ano, em Marraquexe (Marrocos).
“Para nós é um bom resultado porque significa que o país continua a dar o seu contributo nesse grande organismo que trata do Turismo, que é o principal setor deste país”, afirmou.
Outra das conclusões desta reunião foi a escolha do ministro do Turismo da Costa do Marfim, Siandou Fofana, como o novo presidente da Comissão Regional da Organização Mundial do Turismo para a África.
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