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Pedro Calado: “A imagem apartidária que Miguel Gouveia transmite é falsa e sonsa”

Candidato do PSD/CDS-PP à Câmara do Funchal diz que o atual presidente da autarquia está a “viver e a sobreviver” à conta do PS-Madeira. E a utilizar recursos camarários na campanha.
14 Setembro 2021, 07h45

Pedro Calado defende que uma eventual derrota no Funchal não teria impacto na coligação PSD/CDS-PP no governo regional. Quanto ao atual responsável pela autarquia, Miguel Silva Gouveia, questiona o seu estatuto de independente. E diz que há recursos da Câmara do Funchal a serem usados na campanha.

O que significaria para si perder as eleições?
Temos trabalhado muito para dar a conhecer o nosso programa, que é muito ambicioso e muito diferente da estagnação que neste momento a Câmara do Funchal vive. Temos consciência de que serão eleições muito disputadas, mas estamos convictos de que vamos ganhar. Se a população assim não entender, e quiser tomar outras opções, a vida continua. Espero que o mundo não acabe a 26 de setembro. Mas uma coisa assumo, e já o disse variadíssimas vezes: o meu compromisso é a 200% com a Câmara do Funchal. Em nenhuma circunstância, nem de vitória nem de derrota, vão ver novamente Pedro Calado no governo tegional. O tema está fechado. Neste momento é só Câmara do Funchal. Se a população assim o entender, ótimo: estou preparado para quatro anos, no mínimo. Se assim não entenderem, a 27 de setembro, quando acordar de manhã, logo vejo o que vou fazer da minha vida. Naturalmente não pretendo viver de subsídios, nem de apoios sociais, vou ter que ir trabalhar, como toda a gente. Irei trabalhar para o privado novamente.

Com uma eventual derrota no Funchal como ficaria a questão da coligação? Poderia haver um impacto no governo regional?
São coisas distintas, até porque a coligação que existe no Funchal não existe noutros concelhos. Existe uma coligação para o governo regional, que está a funcionar muito bem. Cada um tem o seu contributo. No resto da região há concelhos em que vamos coligados e concelhos onde cada partido vai por si. Não acho que se possa tirar daqui qualquer ilação de um resultado, positivo ou negativo.
O que acontecer no Funchal não tem reflexos, diretos ou indiretos, no governo regional?
Essa coligação é para ter continuidade até 2023. Tudo vai correr bem, como até agora. Tem havido um entendimento muito positivo entre os dois partidos. Temos dado um bom exemplo a toda a sociedade do que é gerir em coligação e do que é estar com duas famílias distintas na mesma casa. Não vamos fazer aquilo que sucedeu em 2013 e em 2017. A primeira coisa que Paulo Cafôfo fez foi escorraçar os partidos com que se tinha coligado para ganhar as eleições. Isso não vamos fazer. Queremos trabalhar em equipa. Outra coisa que também não vamos fazer é repetir o exemplo do PS-Madeira nas últimas autárquicas.Cafôfo recandidatou-se para um mandato de quatro anos e, mal começou a sentir o cheiro do poder, abandonou a autarquia ao final de dois anos para se candidatar ao governo regional. Isso comigo nunca vai acontecer.

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