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Jornal “Politico” destaca “tempos difíceis” para António Costa

O jornal considera que a fuga de Rendeiro a par com a vitória de Moedas vão ser problemas que vão trazer algumas dores de cabeça ao primeiro-ministro.
4 Outubro 2021, 19h37

O primeiro-ministro português, António Costa, esteve em destaque no jornal estrangeiro “Politico” que prevê que os próximos tempos vão ser difíceis para o líder do Governo português.

Entre os problemas em destaque está a vitória de Carlos Moedas e a fuga do ex-banqueiro João Rendeiro. Segundo o “Politico”, Costa tinha tudo para sentir que estava “no topo do mundo”, tendo em conta que os resultados eleitorais obtidos pelo partido socialista, que conseguiu conquistar 147 câmaras municipais, tendo sido o partido, que sem precisar de coligar-se, ganhou em mais câmaras.

Além da vitória do PS, referida pelo “Politico”, Costa também deveria sentir-se bem pela forma como tem corrido o processo de vacinação contra a Covid-19, um programa que o jornal considerou como “um dos melhores do mundo”.

Mas o doce sabor das vitórias rapidamente azedou quando a tentativa frustrada do primeiro-ministro de promover o herói da task force, vice-almirante Gouveia e Melo, se traduziu numa batalha institucional. De recordar que o ministro da Defesa pediu a demissão do Chefe do Estado-Maior da Armada e sugeriu que fosse substituído por Gouveia e Melo. No entanto, depois, o Presidente da República emitir um comunicado onde explicou que o caso tratava-se de um equívoco.

António Costa enfrenta agora pedidos de satisfações relativamente ao antigo banqueiro João Rendeiro, do BPP, condenado a cinco anos e oito meses de prisão por branqueamento de capitais. Rendeiro já tinha sido condenado a um total de 15 anos por lavagem de dinheiro, fraude fiscal e outros crimes, mas os advogados conseguiram mantê-lo fora da cadeia.

Quanto a Carlos Moedas, a vitória surpreendente do candidato da coligação Novos Tempos (com 34% dos votos) na corrida por Lisboa foi destacada na imprensa nacional, como na internacional. As sondagens apontavam para que Fernando Medina, do PS, iria ser o escolhido, mas afinal ficou em segundo lugar com 33% dos votos.

O Partido Socialista (PS) ainda terminou à frente nacionalmente, conquistando 37% dos votos, contra 34% para o Partido Social Democrata (PSD), de Moedas. Mas a derrota de Lisboa foi amplamente vista como um ponto de virada no domínio dos socialistas sobre a política portuguesa desde que Costa chegou ao poder em 2015.

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