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Nuno Melo acusa liderança do CDS-PP de “torturar” a “democraticidade interna do partido”

“Qualquer disputa para um congresso implica lealdade, igualdade de armas, sentido de todos os valores democráticos de que não estamos disponíveis para abdicar, em nenhuma circunstância”, sustentou o eurodeputado do CDS-PP durante a apresentação da sua candidatura, no Porto.
Nuno Melo
Nuno Melo no Congresso de Aveiro
9 Outubro 2021, 17h37

O candidato à liderança do CDS-PP Nuno Melo afirmou hoje que “a democraticidade interna do partido está a ser torturada” pela atual direção com a sua tentativa para antecipar o congresso, garantindo que tal apenas aumenta a sua “determinação”.

“Qualquer disputa para um congresso implica lealdade, igualdade de armas, sentido de todos os valores democráticos de que não estamos disponíveis para abdicar, em nenhuma circunstância”, sustentou o eurodeputado do CDS-PP durante a apresentação da sua candidatura, no Porto.

Afirmando perceber “agora que os prazos previstos no regimento do Conselho Nacional que vai agendar o próximo congresso tenham sido violados e todos os documentos necessários a uma decisão ponderada tenham sido guardados numa gaveta até ontem [sexta-feira]” e perceber “agora que haja quem queira antecipar um congresso” para o impedir de “percorrer o país […], esclarecendo os militantes” acerca do seu projeto de candidatura”, Nuno Melo garantiu, contudo, que “perceber não é aceitar”.

“Acontece que perceber não é aceitar. E lhes garanto que, pela forma como a democraticidade interna do partido está a ser torturada, num dos momentos mais confrangedores da sua longa existência partidária, só aumenta a nossa determinação”, assegurou, acrescentando: “Passa a ser uma luta pela decência e pela legalidade. Venceremos, porque a nossa causa é justa”.

Nuno Melo falava no Porto, onde apresentou hoje a sua candidatura à presidência do CDS-PP, que vai disputar com o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, no próximo congresso partidário, que a direção propõe que se realize no final de novembro.

Sob o mote “Tempo de construir”, a sessão contou com a presença de mais de uma centena de convidados, entre os quais vários rostos conhecidos do partido, como o líder da bancada parlamentar centrista, Telmo Correia, a deputada Cecília Meireles, o antigo líder da distrital do CDS-Porto Álvaro Castello-Branco, o deputado e presidente da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Morais Soares, e o deputado João Almeida, que há dois anos disputou a liderança do partido com o atual presidente do partido.

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