O Goldman Sachs projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4,4% no próximo ano, depois de aumentar 5,2% este ano, desacelerando para 2,4% em 2023. A expectativa de recuperação da economia nos países da moeda única em 2022 fica em linha com a esperada a nível global (4,5%).
Os economistas do banco de investimento explicam que “após um crescimento excepcionalmente forte, o ímpeto europeu moderou-se mais recentemente e uma série de novos ventos contrários surgiram, incluindo um crescimento mais lento no exterior e o aumento dos preços da energia”. Numa nota de research, divulgada esta terça-feira, recordam que como resultado cortaram as projeções de crescimento de curto prazo e identificam riscos de desaceleração durante o inverno no caso de outra onda da pandemia ou escassez no fornecimento de energia.
Entre os países da zona euro para os quais divulgaram projeções colocam Espanha como o país com o maior crescimento em 2022 (6,5%), acima dos 4,5% projetados para França e Itália e dos 4% para a Alemanha.
O Goldman Sachs vê ainda este ano o PIB da Alemanha a expandir 2,9%, de França 6,9%, de Itália 6,4% e Espanha 4,5%.
Os economistas do banco assinalam esperar que os estrangulamentos industriais diminuam no próximo ano, à medida que o crescimento moderar, bem como um espaço signficativo para recuperar os gastos com serviços em toda a Europa e um apoio orçamental persistente.
Inflação em trajetória descendente em 2022
Os economistas do Goldman Sachs continuam convictos que a inflação vai desacelerar até 2022, ainda que de forma mais acentuada na zona euro do que no Reino Unido, refletindo uma maior folga e um crescimento salarial menor nos países da moeda única – particularmente no Sul – do que no Reino Unido.
Projetam, assim, que a taxa de inflação se fixe em 1,7% no final de 2024, enquanto anteriormente estimavam em 1,5%.
Face a este cenário antecipam uma divisão acentuada na política monetária no próximo ano. Ainda que esperem que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha as taxas de juro inalteradas até ao terceiro trimestre de 2024, também esperam que o aumento da confiança nas perspetivas de inflação resulte numa decisão de Quantiative Easing mais conservadora em dezembro.
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