A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta sexta-feira que Portugal está na quinta fase da pandemia. Foi o responsável pelo tratamento de dados da pandemia da covid-19 na Direção-Geral da Saúde que avançou a confirmação na reunião do Infarmed, onde os especialistas estão atualmente reunidos a pedido do Governo devido ao aumento de casos.
Apesar de indicar que o impacto da mortalidade se tem mostrado inferior, Pedro Pinto Leite assume que “merece uma atenção especial”.
No caso das infeções, estas cresceram 47% face ao período homólogo e consequente vaga da pandemia que Portugal ultrapassava em novembro de 2020.
O responsável da DGS assume que as regiões mais preocupantes são o Algarve, Centro e a Madeira, que atualmente estão a apresentar mais de 240 casos por 100 mil habitantes. Ainda que Lisboa e Vale do Tejo esteja abaixo da média de casos do país, a par com o Alentejo, Norte e Açores, têm apresentado uma tendência crescente em termos de infecciosidade.
Em relação aos internamentos, que também têm apresentado um aumento, o responsável da DGS relembrou que ao dia de ontem existiam 523 casos em enfermaria, “mais 37% face ao período homólogo” e destes. 73 casos estavam nos Cuidados Intensivos, “mais 12% do que em igual período do ano passado”.
O especialista da DGS mostrou que o Algarve é a região que apresenta a incidência mais elevada em Portugal. Segundo o responsável pelo tratamento de dados, o Algarve distingue-se das restantes regiões por o maior número de casos de encontrar nas faixas etárias dos 30, 50 e 60 anos.
É encontrada uma ligação epidemiológica em 65% dos casos, e a DGS nota que as infeções surgem em contextos escolares, familiares e de festas sociais. Esta região está atualmente a 26% do nível de alerta de internamentos em Cuidados Intensivos. Pedro Pinto Leite confirma que é nesta região em que “já poderá existir transmissão comunitária da AY4.2, mais prevalente no Reino Unido”. A explicação para se afastar da imagem do resto do país é por ter sido a menos afetada nas vagas passadas, afetando outras faixas etárias.
Nas restantes regiões, os casos estão concentrados nas faixas etárias dos 0-9, 20-29 e 30-39, com os principais surtos a serem identificados em escolas, universidade, residências para idosos, IPSS e contextos laborais.
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