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Rui Tavares insiste num “pacto social” à esquerda. Catarina Martins tenta ‘colar’ Livre ao PS

No duelo com a coordenadora do BE, Rui Tavares, repetiu o apelo já feito a António Costa, que estendeu ao BE, PCP, PEV e ao PAN, para um “pacto social, progressista e ecológico com uma agenda para um novo modelo de desenvolvimento para o país”, apresentado até ao próximo dia 25 de Abril.
O cabeça de lista por Lisboa do partido Livre, Rui Tavares, momentos antes da entrega das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, no Juízo Central Cível de Lisboa, Palácio da Justiça, em Lisboa, 20 de dezembro de 2021. As eleições legislativas realizam-se a 30 de janeiro. ANDRÉ KOSTERS/LUSA
4 Janeiro 2022, 19h42

O dirigente do Livre Rui Tavares desafiou esta terça-feira o BE para um “pacto social” visando uma governação à esquerda, com Catarina Martins a “colar” o Livre ao PS, advertindo que os socialistas “abraçam” medidas que depois não concretizam.

No duelo com a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, realizado hoje na SIC Notícias, o historiador e cabeça-de-lista por Lisboa do Livre, Rui Tavares, repetiu o apelo já feito ao secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, que estendeu ao BE, PCP, PEV e ao PAN, para um “pacto social, progressista e ecológico com uma agenda para um novo modelo de desenvolvimento para o país”, apresentado até ao próximo dia 25 de Abril.

Tavares apontou para necessidade do país ter um orçamento rapidamente, uma vez que “Portugal não pode continuar a viver a duodécimos”.

“Precisamos de ter um programa de Governo à esquerda, viabilizado se a esquerda tiver maioria e devemos estar todos disposto a fazer uma negociação conjunta para achar esse programa de governo e esse orçamento”, vincou.

Na resposta, a coordenadora do BE, Catarina Martins, vincou que o BE “quis, fez, propôs e fará um acordo à esquerda para o governo de Portugal” e que tal será feito com o Bloco “reforçado enquanto terceira força política”, acrescentando que os bloquistas não vão negociar um orçamento mas sim “uma legislatura”.

Mas a maioria das críticas de Catarina Martins dirigiram-se ao secretário-geral do PS, António Costa, ao qual tentou ‘colar’ o Livre, argumentando que “ideias e propostas que na verdade são facilmente abraçadas pelo PS mas que depois não tem concretização na vida das pessoas são muito perigosas”.

A líder dos bloquistas admitiu até ter “simpatia” pelo programa do Livre e pela sua “vontade convergente”, mas criticou as medidas do partido da papoila por falta de concretização.

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