O cabeça de lista do Partido Socialista-Madeira às eleições para a Assembleia da República considerou, esta sexta-feira, 7 de janeiro, prioritária a criação de condições para que o Aeroporto do Porto Santo possa ser um aeroporto de contingência do arquipélago da Madeira.
No âmbito da visita que a candidatura do PS está a efetuar à “Ilha Dourada”, Carlos Pereira afirmou que esta é uma questão que deve ser resolvida nesta próxima legislatura, de modo a que seja possível minimizar as consequências para as pessoas, para o turismo e para a economia quando o Aeroporto da Madeira não oferece condições de operacionalidade devido ao mau tempo.
Neste âmbito, o candidato considerou que é preciso intervir em três vertentes. Por um lado, frisa que há que melhorar a placa de estacionamento para os aviões, salientando que esta não é suficiente, “porque, se estivermos perante um dia de voos charter e muito movimento no Aeroporto da Madeira, precisamos de ter espaço”.
Em segundo lugar, disse que é necessário encontrar uma solução para uma ligação marítima rápida entre a Madeira e o Porto Santo. Por último, defende um melhoramento da gare do Porto Santo.
“Este projeto trará uma centralidade nova ao Porto Santo e resolve um problema significativo da Madeira. Não vejo outra solução que não seja esta de transformar, do ponto de vista formal, o Aeroporto do Porto Santo num aeroporto de contingência”, vincou.
Carlos Pereira defende retoma do voo direto entre o Continente e o Porto Santo
Carlos Pereira abordou ainda a questão da ligação aérea entre o Porto Santo e o Continente, defendendo a retoma daquilo que se verificava antes da pandemia, designadamente um voo direto, mas por um período mais alargado.
“É preciso equacionar isso numa articulação com a tutela nacional, para garantir que uma companhia aérea como a TAP possa disponibilizar esse voo”, declarou, considerando que o défice dessa ligação deve ser assumido pelo Estado.
A um outro nível, o candidato do PS considerou não ser razoável que o Porto Santo continue isolado no mês de janeiro devido à interrupção da ligação marítima, ficando apenas com “meia dúzia de viagens”.
O socialista destaca que esta situação torna a vida dos residentes ainda mais difícil do que já é no seu dia a dia, com constrangimentos para aquelas pessoas que, por exemplo, precisam de ir ao médico à Madeira e têm de adiar as consultas por não terem lugar no avião.
“Tão importante como nós podermos apressar a ideia de um voo direto, nós temos de resolver coisas básicas na ligação à ilha da Madeira, porque a integração da sociedade porto-santense é muito maior com a ilha da Madeira do que é com o continente e com Lisboa”, sustentou.
Carlos Pereira vinca, nesse sentido, que a resolução do problema da falta de ligações permanentes entre a Madeira e o Porto Santo é da responsabilidade do Governo Regional que tem um contrato de concessão com uma ligação marítima e “não pode pura e simplesmente violar o princípio que está previsto nesse contrato, que é ter ligações permanentes e garantir que os porto-santenses não estão isolados”.
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