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O maior sucesso e o maior falhanço em simultâneo. Novo álbum de Adele arrecada dois títulos contraditórios

A artista terminou o ano como uma das dez maiores artistas no Spotify e no YouTube, mas a indústria parece ter considerado “30” como o álbum mais modesto de Adele, após anos desaparecida do sector.
27 Janeiro 2022, 14h07

O novo álbum de Adele tornou-se o recorde de vendas em 2021, mostrando que a cantora britânica consegue liderar o top musical quando lança novas músicas. No entanto, e de acordo com a “Bloomberg”, este é o pior disco da artista em termos de vendas.

A artista terminou o ano como uma das dez maiores artistas no Spotify e no YouTube, mas a indústria parece ter considerado “30” como o álbum mais modesto de Adele, após anos desaparecida do sector. Assim, “30” está em rota para se tornar o álbum menos vendido da artista desde que se estreou com “19”, em 2008.

A “Bloomberg” explica que as vendas do mais recente álbum de Adele refletem um colapso na venda de discos em toda a indústria durante a última década. A cantora britânica foi a única artista a ultrapassar um milhão de vendas no último ano, com “30” a vender o dobro de cópias de qualquer outro disco, apesar de ter sido lançado em novembro.

A venda de discos tem caído nos últimos anos devido ao aumento do uso de plataformas de streaming como Spotify, Apple Music, Youtube ou Tidal. Nestes serviços, os consumidores apenas pagam para não se sujeitarem à apresentação de anúncios entre músicas, um modelo de negócios que tem dado frutos.

No início da década passada, em 2011, Adele lançou “21”, um dos últimos discos de estúdio antes de se resguardar do mercado musical. Nesse ano, mais de dez álbuns tinham vendido mais de um milhão de cópias mas ao longo dos anos, apenas Taylor Swift e Adele se mantiveram entre os discos mais vendidos.

O colapso da indústria musical tradicional significa que os artistas ganham menos pela venda dos discos. O streaming não paga tanto aos artistas como a venda de um disco físico como vinil ou CD ou a compra nos serviços da Apple, onde as músicas custam mais de 0,50 euros.

Em termos de comparação para perceber a quebra na indústria, a “Bloomberg” adianta que Adele vendeu mais discos numa semana, aquando do lançamento do “25” em 2015, do que artistas como Dua Lipa, Justin Bieber, Drake e Olivia Rodrigo venderam num ano.

Mas as diferenças entre Adele e os seus colegas musicais é que a artista britânica esteve seis anos sem lançar música e quando o fez deu uma entrevista exclusiva a Oprah, lançou uma versão especial do álbum para os clientes do supermercado Target e apresentou o concerto exclusivo “One Night Only” na CBS.

Entre os artistas mais vendáveis do ano estão Justin Bieber (2º), Billie Eilish (3º), Genesis (4º), Dua Lipa (5º), Doja Cat (6º), Olivia Rodrigo (8º), The Weeknd (9º), Ed Sheeran (10º), Ariana Grande (11º), Lil Nas X (12º), Taylor Swift (13º) e Bad Bunny (20º)

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