Joe Biden anunciou hoje “sanções adicionais, fortes e profundas” à Rússia, visando o comércio internacional russo, bancos russos e também “milionários corruptos” que fazem negócios com o Kremlin.
“Isto vai causar um forte impacto na Rússia. Os EUA não vão fazer isto sozinhos, contando com mais de metade do PIB mundial ao seu lado: os 27 países da União Europeia, mais Austrália e Nova Zelândia. Estamos em total acordo”, afirmou hoje em conferência de imprensa em Washington DC.
Biden revelou que se tinha reunido hoje com o grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7) e que ficou acordado o consenso para “limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios, em dólares e euros, o que vai impedir o exército russo de crescer, e impedir a capacidade do país de competir em tecnologias de ponta”, afetando a indústria aeroespacial, aeronáutica e a construção naval.
O presidente dos EUA também destacou que o rublo atingiu hoje um mínimo histórico (tornando as importações mais caras), e que o financiamento russo ficou mais caro em 50%.
No discurso, também destacou que Washington vai aplicar sanções a mais quatro bancos russos, depois de já ter aplicado a outro, com um bilião de dólares em ativos nos EUA, incluindo o VTV, o segundo maior banco, com 25 mil milhões de dólares em ativos no país.
Paralelamente, vão aplicar mais sanções a várias membros da “elite” russa. “Isto são pessoas que ganham com as políticas do Kremlin e devem partilhar a dor. São milionários corruptos”.
“Este é um grande ataque às ambições de Putin”, declarou o presidente dos EUA perante o ceticismo dos jornalistas norte-americanos presentes no evento.
Questionado porque é que a Rússia não é expulsa do sistema global de pagamentos interbancários SWIFT, considerado o “coração” dos pagamentos mundiais, Joe Biden deu dois motivos.
Primeiro, “as sanções aos bancos russos vão ter mais consequências do que o SWIFT”. Depois, disse que esta era “sempre uma opção, mas essa não é a posição que o resto da Europa deseja tomar”.
“As sanções que impomos vão além do SWIFT. São sanções profundas. Vamos conversar daqui a um mês, “afirmou.
Em relação a contactos com a China em relação a este tema, Biden limitou-se a dizer que não está “preparado para comentar isso nesta altura”.
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