“As afirmações da deputada Mariana Mortágua que me identificam como “oligarca russo”, “produto do governo de Putin”, são fantasiosas e falsas”. É desta forma que Markos Leivikov refuta as declarações da deputada do Bloco de Esquerda (BE), através de um direito de resposta enviado ao “Esquerda.net” e a que o Jornal Económico teve acesso.
No documento que o empresário pretende ver publicado no “Esquerda.net”, refere que “todo o conjunto de falsas acusações proferidas por Mariana Mortágua serão discutidas em tribunal”, realçando que enquanto teve negócios na Rússia, nunca teve qualquer envolvimento político, não financiou nenhum partido ou teve “qualquer associação política com pessoas próximas do regime de Putin”.
O empresário – que surge identificado na carta como cidadão austríaco e contribuinte português – diz também ter fundado a Flugraph em 2008 para investir em Portugal, sendo que esse investimento tem vindo a ser feito desde então e que apenas conheceu Marco Galinha (CEO do grupo BEL e do Global Media Group, e acionista do JE com 10%) em 2020, e de quem é sogro.
“Se a deputada Mariana Mortágua tivesse investigado, como diz que o fez, saberia que o sr. Sergei Veinstein fazia parte do partido de oposição a Putin e não era “próximo” deste”, refere Leivikov, que rejeita também as ligações ao Governador Bons Dubrosky ou do seu filho Alexander, “quem, de resto, nunca conheci”.
“Não impendem sobre o sr. Karamanov quaisquer acusações ou investigações criminais. O mesmo foi ilibado da prática de qualquer facto ilícito, como comprovado por despacho das autoridades competentes. Nunca financiei o partido de Vladimir Putin ou qualquer instituição política”, salienta o empresário.
Markos Leivikov refuta também que em algum momento tenha sido sócio de Maria Sechina. “As investigações sobre a empresa de energia referem-se aos adquirentes das ações da sociedade em 2016, e a período em que já não era acionista da mesma, existindo provas oficiais da minha total inocência nos problemas ocorridos após a transmissão das ações”, sublinha.
O empresário defende ainda que não é, nem nunca foi identificado pelas listas oficiais como oligarca russo. “Não sou, como se afirma, um produto do governo de Putin. A minha atividade empresarial tem mais de 35 anos e nunca teve qualquer envolvimento político”, esclarece.
Apesar de ser sogro de Marco Galinha, o empresário frisa que não tem “qualquer sociedade com o mesmo em negócios de media e rejeito qualquer tentativa de manipulação, aproveitamento político e exposição pública deturpada das relações que mantenho com o meu genro”.
A finalizar, Markos Leivikov, enfatiza que “os fins não justificam os meios e a verdade, como se diz em Portugal, é como o azeite: virá sempre ao de cima”.
A 1 de março, na SIC Notícias, a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua afirmou que Marco Galinha era sócio em Portugal de um oligarca russo próximo de Putin. No Twitter referiu ainda que “a sanção da oligarquia russa é a melhor forma de travar a guerra de Putin”. Noutra publicação, quando falava de vistos gold, voltou a mencionar que “Mark Leivikov é sócio de Marco Galinha”.
Recorde-se que a 4 de março o empresário Marco Galinha também desmentiu a deputada do Bloco de Esquerda.
“Está em curso uma campanha persecutória promovida pela Senhora Deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, que atinge a minha honra, imagem, bom nome e reputação. Com recurso à insinuação e ao conhecido método de pegar em histórias, muitas das quais que me são completamente alheias, transmite ao público, através de associações e suspeições a que sou alheio, uma imagem negativa, errada e deturpada sobre mim”, referiu Marco Galinha em comunicado.
Quanto às acusações de que foi alvo, disse que não tem, nem nunca teve “qualquer relação com homens e mulheres próximos do poder russo, empresas russas ou denominados oligarcas russos”.
A 1 de março, na “SIC Notícias”, a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua afirmou que Marco Galinha era sócio em Portugal de um oligarca russo próximo de Putin. No Twitter, referiu ainda que “a sanção da oligarquia russa é a melhor forma de travar a guerra de Putin”.
Segundo comunicado de Marco Galinha divulgado na altura, “Markos Leivikov, não é sócio ou accionista ou titular de qualquer interesse do Global Media Group (proprietário entre outros do DN, JN, TSF, O Jogo, Volta ao Mundo, Evasões, Men’s Health, Dinheiro Vivo) nem tendo a menor ligação ao mesmo”.
“Também não é sócio ou acionista do Grupo Bel, empresa integralmente detida por capitais nacionais, e que tem em vigor rigorosas regras de compliance elaboradas de acordo com os mais exigentes requisitos nacionais e internacionais”, assegura.
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