Netflix: Quem partilhar conta com amigos vai ter de pagar mais

Perante a realidade da partilha de dados de utilizador com outras pessoas que não tenham uma conta na Netflix de forma a aceder ao serviço de forma gratuita, a gigante do streaming vai testar a aplicação de uma nova taxa.

Trata-se de uma taxa de 2,65 euros por cada utilizador adicionado ao plano, algo que irá fazer diminuir a carteira do real utilizador da conta. A nova funcionalidade foi lançada em três mercados latinos: Peru, Chile e Costa Rica. Para já, a chega à Europa e mesmo a Portugal é incerteza mas deve ser tida como uma certeza nos próximos meses.

“Sempre facilitámos a partilha da conta Netflix para as pessoas que vivem juntas, com caraterísticas como perfis separados e várias transmissões nos nossos planos Standard e Premium. Embora tenham sido extremamente populares, também criaram alguma confusão sobre quando e como a Netflix pode ser partilhada”, escreveu a Netflix na nota onde dá conta da nova funcionalidade.

A “Variety” explica que se trata da criação de subcontas dentro de um só plano. Ou seja, é adicionado mais um perfil à conta, até um máximo de dois, e quem esteja fora da mesma casa já não tem problemas em assistir filmes ou séries na plataforma.

De acordo com o “TechCrunch”, a plataforma vai adotar uma abordagem diferente para estas subcontas. Esta nova modalidade terá o seu próprio login e senha, configurando o serviço Netflix com o nome, informações de pagamento, histórico de visualizações e ainda vai receber recomendações personalizadas.

Para a ativação destas subcontas, o proprietário principal da conta vai receber um e-mail com um código para ativar este novo dispositivo.

A verdade é que a plataforma de streaming mais vista do mundo tem fechado os olhos para a problemática da partilha de contas mas já o quer resolver há algum tempo. O CEO da Netflix já tinha comentado que a partilha de contas era algo positivo e uma das vantagens que a plataforma oferecia aos seus utilizadores, algo que as rivais ainda não dispunham.

A criação das subcontas serve também para continuar a aumentar o número de assinantes, que tem ficado aquém dos números perspetivados pelos analistas, e fazer crescer as receitas, uma vez que as concorrentes se têm aproximado dos mesmos valores e a cobrar menos. O último trimestre foi o pior resultado já visto pela Netflix, tendo observado o menor crescimento de novos assinantes em largos anos.