O aumento da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique é uma vulnerabilidade importante do sistema financeiro do país, escreveu o Banco de Moçambique no seu Boletim de Estabilidade Financeira 2019, recentemente divulgado.
O documento menciona que há outros setores que se estão a ressentir da elevada dívida pública devido ao peso do Estado na economia e ao hiato na cobertura das suas responsabilidades, com os elevados níveis de empréstimos vencidos, restringindo a disposição dos bancos em conceder créditos às empresas e às famílias.
Do mesmo modo, o crescimento económico no primeiro semestre de 2019 foi afetado por desastres naturais que atingiram as regiões centro e norte do país, pelo que o Banco de Moçambique prevê uma desaceleração do crescimento económico em 2019, seguida de uma recuperação gradual em 2020, embora ainda abaixo do seu potencial.
As instituições de crédito, especialmente as de importância sistémica, foram afetadas pelo fraco desempenho da economia e pelo incumprimento das obrigações dos diferentes intervenientes no sistema bancário, adiantou o banco central.
No entanto, refere no mesmo documento que risco global para a estabilidade financeira em Moçambique diminuiu nos últimos três anos. “Os níveis nominais das taxas de juro reduziram-se contribuindo para a flexibilização das condições financeiras, facto que, associado às altas taxas de solvência bancária que aumentaram a resistência no sector bancário, favoreceu a redução do risco sistémico”, pode ler-se no documento do banco central.
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