SNS reforçado com 700 milhões de euros, atinge 11,1 mil milhões em 2022

O SNS – Serviço Nacional de Saúde receberá em 2022 a maior transferência de sempre do Orçamento do Estado, cabendo-lhe um valor global de 11,1 mil milhões de euros, ou seja, mais 700 milhões de euros que os 10,4 mil milhões de euros que lhe tinham sido consagrados no Orçamento do Estado anterior. O valor já era conhecido, pois a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha feito alusões a este valor e à importância política que este reforço anual de 700 milhões de euros representa.

No entanto, mesmo sabendo-se que desde 2014 – ano em que a transferência para o SNS ascendeu a 7,6 mil milhões de euros – que o OE tem vindo a reforçar os valores transferidos para a saúde, passando para 7,9 mil milhões de euros em 2015 e 2016, para 8,1 mil milhões de euros em 2017 e para 8,4 mil milhões de euros em 2018, para 9,0 mil milhões de euros em 2019, para 10 mil milhões de euros em 2020, e ainda para 10,4 mil milhões de euros em 2021, o sector da saúde sabe que o SNS precisa de um significativo reforço para ter capacidade de resposta ao múltiplos desafios que enfrenta e que não se resumem ao esforço hercúleo que teve de fazer a enfrentar a pandemia de Covid-19.

Na realidade, desde a concretização de novos investimentos hospitalares – sobretudo na região de Lisboa – à contratação e reforço de pessoal auxiliar, enfermeiros e médicos, o SNS tem um vasto número de tarefas e solicitações para as quais mesmo o maior orçamento de sempre – atribuído em 2022, com 11,1 mil milhões de euros – não permite que todos os problemas sejam resolvidos e ultrapassados no Serviço Nacional de Saúde, conforma têm referido diversos especialistas do sector da Saúde em Portugal.