Com imagens do seu herói sorridente nas mãos, os iranianos concentraram-se antes das 08:00 (04:30 em Lisboa) junto à Universidade de Teerão, onde o guia supremo, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, preside a uma oração em homenagem ao soldado mais popular do Irão.
A multidão, concentrada junto à universidade e ao longo de vários quilómetros, pelas avenidas Enghelab (“revolução”) e Azadi (“liberdade”), empunha também bandeiras vermelhas, da cor do sangue dos “mártires”, ou iranianas, mas também libanesas ou iraquianas.
Nas ruas ouvem-se palavras de ordem como: “Morte à América”, “Morte a Israel”.
Numa referência ao general Soleimani e aos outros iranianos que morreram no ataque norte-americano, a televisão estatal está a transmitir imagens em direto de vistas aéreas da capital, ao mesmo tempo que afirma, em título, “ressurreição sem precedentes da capital iraniana para receber Haj Qassem e os mártires da resistência”.
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
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