A Corticeira Amorim conclui a aquisição da sociedade Cold River’s Homestead, detentora da Herdade de Rio, anunciou o grupo em comunicado. O valor da aquisição foram 14,6 milhões de euros.
“A Corticeira Amorim, através da sua participada Amorim Florestal II, adquiriu hoje a participação de 50% na sociedade Cold River’s Homestead, detida pela Parvalorem, após verificação dos requisitos e condições previstos no acordo celebrado em junho de 2021”, refere o grupo em comunicado.
“No seguimento desta aquisição, no valor total de 14,6 milhões de euros, o Grupo Corticeira Amorim passa a deter integralmente a Cold River’s Homestead”, refere a empresa liderada por António Rios Amorim.
Segundo o Grupo Amorim, “esta sociedade, sediada em Lisboa, detém um conjunto de ativos (bens móveis e imóveis) afetos à exploração agroflorestal, que constitui uma parte (3.300 hectares) da Herdade de Rio Frio, uma herdade predominantemente florestal, com uma mancha de montado que cobre cerca de 80% do seu total”.
A Corticeira Amorim “pretende melhorar a produtividade da atividade agroflorestal da Herdade de Rio Frio, designadamente através de adensamentos a implementar neste montado único, com processos já experimentados em outras localizações”.
Na implementação do Projeto de Intervenção Florestal, “a Corticeira Amorim continua recetiva a analisar oportunidades de parceria com produtores florestais, instituições de investigação e entidades públicas locais, bem como aquisições de ativos agroflorestais com potencial de desenvolvimento e valorização do montado de sobro”.
O presidente do grupo, António Rios Amorim, ao Jornal Económico, defende que “a concretização desta aquisição, perspetivada desde junho de 2021, permite-nos aumentar as áreas próprias de produção de cortiça, implementar novas técnicas de produção e gestão florestal, e incrementar a rentabilidade do montado instalado”.
“Nesta Herdade, promover-se-á o adensamento da área de montado, plantando novos sobreiros e auxiliando o seu desenvolvimento, através da instalação de um sistema de rega gota a gota. Este sistema deverá possibilitar um crescimento acelerado da árvore, reduzindo o período necessário para o primeiro descortiçamento para metade face aos 25 anos da cultura tradicional”, explica o CEO da Corticeira Amorim.
“Neste montado singular – quer na extensão, quer na produtividade, quer na resiliência da espécie, quer no equilíbrio do ecossistema onde se insere – pretendemos aplicar as técnicas e práticas de gestão florestal mais avançadas e adequadas, evidenciando todo o potencial de desenvolvimento do montado, a base da fileira da cortiça, incrementando a sua produtividade, a sua rentabilidade e a sua sustentabilidade”, avança o gestor que acrescenta que este é “um propósito com um impacto relevante para o sobreiro e para a cortiça, para as atividades que deles dependem, para a comunidade e para a sociedade em geral”.
A Corticeira Amorim tem em curso um Projeto de Intervenção Florestal, “o qual tem por objetivo assegurar a manutenção, preservação e valorização das florestas de sobro e desenvolvimento do sobreiro, aumentar as suas produções através de processos e tecnologias inovadores já experimentados noutras zonas”, lê-se no comunicado.
O grupo diz que “é ambição da Corticeira Amorim ser um centro de excelência na investigação do sobreiro e fazer investigação aplicada sobre os impactos da rega, fertilização, nutrição e solo, bem como, através de um programa de melhoramento do sobreiro, sobre a seleção dos sobreiros mais adaptados aos cenários climáticos”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com