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Um terço dos países da UE insistem em novas sanções ao Kremlin

Cerca de um terço dos 27 governos do bloco, na sua maioria nórdicos e orientais, querem que a Comissão Europeia comece a trabalhar numa sétima ronda de sanções.
20 Junho 2022, 17h09

Um grupo de países da União Europeia (UE) defende a criação de um novo pacote de sanções contra a Rússia e Bielorrússia pela invasão da Ucrânia no final de fevereiro, apelando ainda a um maior apoio militar a Kiev, de acordo com diplomatas e um projeto de documento consultados pela “Reuters”.

Cerca de um terço dos 27 governos do bloco, na sua maioria nórdicos e orientais, querem que a Comissão Europeia comece a trabalhar numa sétima ronda de sanções.

Os mesmos diplomatas esclareceram que, porém, a Alemanha e outros Estados preferem concentrar-se na aplicação das sanções existentes e em colmatar lacunas, em vez de apostarem no exigente processo de adotar novas medidas.

No mês passado, a UE avançou com a sua sexta ronda de medidas restritivas contra a Rússia e a Bielorrússia desde o início da guerra, que viu ser decretada a proibição do petróleo daquele país, bem como mais sanções sobre os transportes marítimos e as instituições bancárias.

Limitar ou reduzir a importação de gás da Rússia continua a ser, segundo as mesmas fontes, um tema muito sensível, dada a elevada dependência da UE desta fonte de energia de Moscovo.

Um reforço do apoio militar à Ucrânia está também entre os temas em discussão, mantendo-se uma forte cisão de opiniões.

O projeto redigido para a cimeira de 23-24 de junho refere que a UE “continua fortemente empenhada em fornecer mais apoio militar para ajudar a Ucrânia a exercer o seu direito inerente de autodefesa contra a agressão russa”.

A Suécia e a Polónia lideram o grupo de países que apela ao desembolso imediato de fundos adicionais para a Ucrânia.

Até ao momento, a UE disponibilizou 2 mil milhões de euros (2,1 mil milhões de dólares) em apoio militar a Kiev, sendo o tecto orçamental do mecanismo de 5,6 mil milhões de euros até 2027.

A Alemanha e outros países estão relutantes quanto a uma maior exploração deste mecanismo, alertando para os riscos orçamentais caso não haja dinheiro suficiente para dar resposta a outras crises.

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