A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) marcou greve para o dia 31 de janeiro, “solidarizando-se com as greves da Administração Pública e de outras classes profissionais”, mas também para reivindicar “condições de trabalho dignas para os médicos, a renegociação da Carreira Médica e um efetivo combate à violência contra os profissionais de saúde”, foi esta sexta-feira anunciado. A estrutura sindical diz que “foi o Ministério da Saúde que empurrou os médicos para a greve”.
A FNAM, em comunicado, escreve que a Ministra da Saúde, Marta Temido, tem “ignorado” os pedidos de reunião com os sindicatos médicos desde o início da atual legislatura, mesmo “após graves episódios de violência contra os médicos, o que demonstra o desrespeito da tutela para com os seus trabalhadores médicos”.
Os médicos também subscrevem as reclamações dos trabalhadores da Função Pública em relação ao não “aumento salarial nos últimos dez anos” e justificam a o pré-aviso de greve por pertencerem a uma classe profissional também afetada “por este Orçamento de Estado [para 2020] e pela falta de diálogo do Governo”.
A FNAM argumenta que o investimento anunciado pelo Governo, e inscrito no Orçamento de Estado para 2020, é “manifestamente insuficiente” e não “resolve os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. A FNAM acusa o Executivo de não ter “uma política de valorização dos seus recursos humanos, incluindo os médicos”.
Esta sexta-feira, o Ministério da Administração Pública marcou uma reunião a 10 de fevereiro com os sindicatos que representam os trabalhadores do Estado para uma nova ronda negocial relativa aos aumentos salariais. Outras estruturas sindicais da Administração Pública têm vindo a agendar greves e manifestações para o fim de janeiro.
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